Ruim para os negócios 

9 set • NotasNenhum comentário em Ruim para os negócios 

Aprendi com meu mestre Carlos Amaro Reinisch Coelho, o pai da página 3 da Zero Hora, que, em perturbações constitucionais, a primeira coisa que os bancos fazem é fechar os empréstimos. Nos nos 1960 e 1970, os papagaios. Havia um temor de corrida bancária se as coisas piorassem.

https://promo.banrisul.com.br/bdg/link/expointer.html?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=expointer_2021&utm_content=centro_600x90px

Hoje, banco não esta nem aí. Mas para os negócios, é ruim. Ontem, a bolsa caiu mais de 3% e o dólar foi a R$ 5,30, quando em situação normal deveria estar baixando, por força de circunstâncias internacionais.

Quo vadis

Ou para onde vais, em latim. Quem pode ou não levar adiante o impeachment de Bolsonaro é sua base na Câmara dos Deputados, o Centrão. A CPI da vacina pode ser do Senado, mas o processo tem que passar pela Câmara dos Deputados. Por incrível que pareça, não há pesquisa confiável que diga, hoje, qual a tendência do Centrão.

https://cnabrasil.org.br/senar

Historicamente, político é como uma biruta de aeroporto. Cambia de posição conforme a direção do vento. Também tem a intensidade do vento. Parlamentares mudam conforme o vento vai e vem. Para garantir sua sobrevivência política, vendem até a mãe e passam recibo, embora não gostem por causa do Leão.

De volta ao físico

Digo para vocês uma verdade. Se desse, eu gostaria de voltar a tempos menos conturbados, embora nunca o Brasil  tenha vivido por muito tempo nesta situação. E vou mais longe: queria que os bancos ainda tivessem o sistema antigo das fichas físicas da conta corrente.

Pesadelos tecnológicos

Ontem eu passei por um processo angustiante para desbloquear minha senha. Devido à pandemia, alguns bancos detestam atendimento pessoa física, então remetem a pobre vitima para o atendimento virtual. Não é o meu banco, é outro que sou obrigado a usar na pessoa jurídica. Não que os atendentes sejam hostis, pelo contrário, Mas os sistemas de segurança são complexos e perversos.

Os invisíveis

Essa é vida cuja atenção os jornais abandonaram. Como as redações estão repletas de jornalistas dente-de-leite, que nasceram com um computador ao lado, para eles é fácil. Nem atinam em construir uma matéria sobre o tema, nem o veículo se importa.

Imagino a angústia e até desespero de uma pessoa sem preparo, gente humilde que precise mudar senha ou enfrentar vicissitudes virtuais. Morre louca. Ou entrega tudo para alguém da família ou vigarista de plantão.

Torturados pela tecnologia

O que descrevi acima é apenas uma pequena parte dos martírios tecnológicos diários. Tanto na Câmara quanto na Assembleia Legislativa tem frente parlamentar às dúzias, mas não uma Frente Parlamentar de Apoio aos Torturados pela Tecnologia. Isso os direitos humanos não enxergam. Afinal, não dá manchete.

Querida, encolhi os manifestantes

A Globo estimou o número de manifestantes pró-Bolsonaro no Rio em 125 mil. Não vi a estimativa dela para a avenida Paulista, mas, se dessem, imagino que falariam em torno de 150 mil.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »