Prato do dia
Confesso que estou um pouco confuso com o panorama visto da ponte da Zero Hora. Há um mês e meio, anunciaram novos tempos para a RBS – Zero Hora incluída, por supuesto. Entrou grana de novos parceiros, e grana pra ninguém botar defeito, além de um Conselho Editorial com nomes de proa.
Sentado na arquibancada bato palmas, mas o jornal anda meio estranho. Pode ser por causa das férias, pouca gente, coisa e tal. O fato é há uma notável diferença de timing no conteúdo na versão impressa e na versão digital.
Bulimia consentida?
O impresso, que está mais magro que faquir indiano, pública matérias que a versão digital já deu um dia antes, inclusive publicado já na manhã anterior. Tirando os colunistas, a geração local caiu bastante e, não raro, também já foram publicadas no digital até dias antes. No mais, dê-lhe conteúdo do Estadão, já identificado como parceiro pelo próprio jornal.
O olho do dono
Como assinante, sinto-me um pouco órfão. Se é preparação para voos mais altos, ou aterrisagem forçada ou, quem sabe, estão deixando como está, para ver como é que fica, só o tempo dirá. De repente, chega março, e a casa da Ipiranga anuncia novos tempos com trombetas e rufar de tambores.
Devagar, quase parando
Para falar a verdade, toda grande imprensa anda meio esquisita, e não só por escolhas editoriais feitas durante o governo Bolsonaro. Minha impressão é que todos eles estão pisando em ovos, transmitindo até um certo receio ao abordar os primeiros passos do governo Lula, como se tivessem medo dele.
É quase palpável o sentido editorial, algo como a pedir desculpas por criticar, mesmo timidamente, ações erráticas e promessas vãs de um líder que apoiaram desde o início da campanha que o elegeu.
Por falar em promessas…
Estou esperando a picanha prometida, companheiro Lula.
« O melhor sobrevivente do Centro Histórico A história do mico em dobro »