Poucas & Boas

16 jun • NotasNenhum comentário em Poucas & Boas

A cada dia, aparecem mais ratos saindo do porão das Lojas Americanas. Me pergunto até quando. Mas minha grande preocupação é que existam outras Americanas e muitos ratos escondidos e fora da mira do tira.

A largura que falta e que sobra

Dei-me conta que há dois motivos para que os ônibus urbanos estejam cada vez mais entupidos de gente. As pessoas estão cada vez mais largas pela obesidade, não raro mórbidas.

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Para piorar, o uso de mochilas nas costas diminui o espaço nos corredores, com fortes possibilidades de uma delas bater na sua cara. E os assentos onde cabiam duas pessoas no passado hoje só cabem uma e meia.

Curso de colisão

Seja pela complexidade, seja porque o Congresso brasileiro funciona por dissonâncias, as reformas tributária e administrativa correm o risco de ser uma versão piorada da Constituição de 1988, uma colcha de retalhos que só contempla direitos sem deveres. No caso dos impostos, vai ser um cabo de guerra entre os que não abrem mão da receita e os que não abrem mão do enxugamento fiscal.

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Vocês já viram cachorro largar osso?

Por isso…

Reformas no Brasil costumam ser um emaranhado de novas obrigações com aumento da burocracia que, se verá depois, pioram o que já era ruim.

Dona Janja

Ante o zum-zum-ziriguidum que a primeira dama estaria mandando mais no marido, ela deu entrevista dizendo que não fala, mas que só olha. Algo neste sentido. 

Olhares, sabemos, podem ter diversos significados, que vão da aprovação à reprovação. Amor e ódio e palpites que falam com uma única sobrancelha erguida no momento certo. Por isso, desenvolvi a tese que cada pessoa tem um rosto expressivo e detalhes do rosto que falam mais alto que a voz.

Detalhes falantes

As sobrancelhas sempre falaram. Embora nem sempre sejam ouvidas. Tema predileto de romances em séculos anteriores, é comum a frase “ela ergueu a sobrancelha”, ou “ela (ele) franziu o sobrolho, nome dessa fileira de pelos eretos que foram feitos para suportar cargas pesadas de pintura ou coisa que o valha.

Sobrancelhas falsas surgiram muito antes das fake news. Mas nem por isso alguém duvida delas. 

No máximo, se diz que realçaram (ou não) o rosto desses pelos que a natureza criou para evitar que poeira e ciscos entrem nos olhos. Que, por sua vez, podem ser falsos como cavalo com chifres.

As rugas falam

Outro artifício usado por escritores de antanho é usar esses vales como sinônimo de um sentimento que não pode ser expresso por palavras. As rugas podem  sugerir preocupação, dúvida, ironia e até mesmo quando se retiram, a testa lisa transmite algum sentimento positivo ou negativo.

Orelhas e narizes

Nossos ancestrais podiam mover orelhas – para captar sons de perigo – e o nariz para sentir o cheiro destes mesmos predadores ou aromas agradáveis de comida. O cheiro da fêmea também atrai o macho-alfa animal e, parece, o homem macho-alfa. Mais recentemente, de perfumes. Um dos cheiros mais lembrados do mundo é terra molhada.

A evolução, ou o fim de tudo

Hoje já perdemos o movimento das orelhas e dos narizes. Com a Inteligência Artificial, perderemos até o uso do cérebro. Aliás, muitos já nascem sem ele em escala alarmante. O que não evita que sejam doutores, políticos, governantes, políticos e até professores.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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