• O anúncio do amigo

    Publicado por: • 27 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

    Cidadão bem posto na vida resolveu diversificar suas operações e decidiu investir em um hotel-abrigo para idosos de classe média ou pais de pessoas com bom poder aquisitivo. E construiu um.

    Problema: como divulgar sem gastar muito em propaganda. Ele apelou para um amigo se dizente publicitário. Poderia ele fazer um reclame?

    Claro, falou o amigo. Assim que recebeu o layout do anúncio, uma foto de um casal de sorridentes velhinhos com a chamada:

    Quem mora aqui não quer mais sair.

    Todos a quem o hoteleiro de primeira viagem mostrou foram reticentes. Afinal, o anúncio, pra lá de tosco, insinuava que aquele seria a última morada dos hóspedes da última idade.

    Contrafeito, ele resolveu pedir uma segunda edição revista e melhorada ao amigo. Uma semana depois, mostrou-a ao anunciante, cujo negócio ficava na Serra.

    Quem mora aqui mora pertinho do céu.

    Direto ao ponto.

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  • Os mal-humorados

    Publicado por: • 27 fev • Publicado em: Notas

    Do escritor Percival Puggina: “O humor falece junto com a liberdade. Por isso, as verdadeiras democracias preservam o humor político como verdadeiro tônico da participação social; não prendem nem constrangem seus humoristas ao exílio”.

    O Barão de Itararé e Getúlio Vargas

    Desde sempre, ditaduras ou ensaios de governos para criar uma temem o humor. Na história brasileira, temos vários exemplos de como os títeres têm o riso, até porque esse tipo de “governo” não tem senso de humor.

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    Aliás, a esquerda em geral não tem senso de humor, está no DNA dela. Na ditadura de Getúlio Vargas, o humorista e pensador Aparício Torelly, o Barão de Itararé, devido a uma batalha que não houve, assim como ele não era Barão de verdade, pegava o presidente de tal forma que a guarda pretoriana de GG vivia prendendo o gaúcho.

    Entrada permitida

    Tanto invadiram o apartamento dele para depois enchê-lo de porrada que, na porta, ele afixou um cartaz com os dizeres “Entre sem bater”. Mas as ordens de Getúlio Vargas eram deixar o homem em paz, ele até se divertia com suas histórias. Pelo menos é o que se contava, então me deixem botar uma dúvida na afirmação.

    https://cnabrasil.org.br/senar

    A Comissão dos Bichos

    E no quinto dia, Ele criou os animais. Partiu do zero. Mas, lá pelas tantas, cansou de criar e passou a tarefa para uma comissão de anjos, todos CCs.

    Doidos para mostrar serviço, eles criaram um rapidamente e, antes Dele aprovar a arte final, botaram na linha de produção direto. O modelo off road foi batizado de camelo.

    As corcovas no dromedário

    Quando o Lá de Riba viu aquela coisa desengonçada, chamou os anjos que o fabricaram. Passou-lhes uma enorme descompostura dizendo, e com razão, que aquilo não podia ser obra do Criador, com aquelas corcovas. Apressadamente, os designers correram para frear o processo, mas só conseguiram pela metade – nasceu o dromedário, com uma corcova.

    As listas da girafa

    O Cara achou muita incompetência. Exasperado, mandou desligar as máquinas. Mas foi tarde, a girafa já estava no pátio de manobras. A ira foi tão grande que assim nasceram os raios e trovões, que não estavam no script original.

    Em pânico, os fabricantes correram para mudar o layout geral. Mas a matriz já tinha prensado o alce, ele e seu narigão trombudo e os chifres em forma de galhos, que tolhem seu movimento. Por isso alces são mal-humorados.

    A história do anjo líder

    Foi a gota d ‘água. O Patrão Véio Lá de Riba não quis mais conversa. Chamou o RH celestial e deu ordem para que eles fossem despedidos por justa causa, que fossem buscar seus direitos se assim quisessem.

    Irritado, o defenestrado anjo líder prometeu vingança. Limpou as gavetas e foi para o porão.

    Foi assim que nasceu o diabo.

    Na mosca

    A melhor definição de bactérias é do meu amigo de ginásio, o Julica Rosa: “São seres tão pequenos que um montão assim – e esticava o braço na altura do ombro – a gente não enxerga.

    Banrisul

    O Banrisul estará presente em mais uma edição da Expodireto, que inicia no dia 4 de março, em Não-Me-Toque, com recursos disponíveis para apoiar investimentos rurais de diferentes finalidades e com condições diferenciadas para as mais diversas cadeias produtivas do agronegócio.  As linhas de crédito ofertadas atendem desde o agricultor familiar ao produtor empresarial, com foco no financiamento de máquinas e equipamentos, correção de solo e geração de energias renováveis. Os destaques com recursos subsidiados são as linhas do Pronaf, voltadas para aquisição de máquinas, equipamentos e sistemas fotovoltaicos, e os programas AgroEmpresarial e Moderfrota.

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  • Ele chegou!

    Publicado por: • 27 fev • Publicado em: Notas

    Uma jornalista chamou um Uber na Cidade Baixa na tarde de sexta-feira. Minutos depois apareceu no visor que ele estava chegando. Mais especificamente “Jesus está chegando”, o nome do motorista. Finalmente.

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  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 27 fev • Publicado em: Frase do Dia

    Prever o tempo é tão complicado que é melhor jogar os búzios.

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  • A surra que não aconteceu

    Publicado por: • 26 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

    Todo mundo já ouviu falar em saia justa. Mas saia justíssima como o Barão enfrentou no bar do Juvenal ninguém viu.

    Estava ele posto em sossego e bebericando seu uísque no reduzido templo de libação da rua André da Rocha, quando entrou uma mulher conhecida de todos. Esbaforida, contou que o maridão estava no seu encalço, coisa nada anormal naquele casal.

    – O que faço agora, meu Deus. Ele vai me dar uma surra.

    O que ela faria era algo que não interessava ao Barão, que fugia de uma confusão igual ao capeta da água benta pelo próprio Papa. Testemunha de vários entreveros da dupla, escafedeu-se para o minúsculo banheiro. Daqui não saio, daqui ninguém me tira, pensou, segurando o trinco.

    Alguns segundos depois, sentiu um empurrão na porta. E a mulher entrou, em pânico, tremendo como vara verde. Não cabia mais nem um fio de cabelo no espaço.

    O Barão sentiu que a coisa não ia terminar bem. Mas não mesmo. Seus piores medos se concretizaram.

    Mesmo que ninguém do bar dedurasse, o ciumento daria uma geral até dentro da geladeira. Um novo empurrão na porta, que mal e mal deixava passar um micróbio, e lá estava o marido olhando para os dois praticamente abraçados, mas sem dolo.

    Foram os famosos segundos que pareciam uma eternidade. Aquela estranha situação que remetia à uma rapidinha. Por algum milagre, ou porque o ciumento conhecia o Barão, um ex-atleta sexual, ficou tudo por isso mesmo. Ele pegou a mulher pelo braço e foram embora na mais santa paz.

    Durante anos, o Barão tremia quando recontava o caso, repetindo que quase morreu. Conversa. Ficou apenas o estresse pós-traumático, que nem foi tão traumático assim. Desde que não se esteja na pele dele.

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