• Lendas revisitadas:  Zorro

    Publicado por: • 24 maio • Publicado em: Notas

     O primeiro ator que personificou o célebre mocinho do cinema não usou máscara para o herói não ser reconhecido. É que ele era tão feio que a produção achou por bem esconder sua feitura com uma máscara.

    Publicado por: Nenhum comentário em Lendas revisitadas:  Zorro

  • Temporadas de temor

    Publicado por: • 23 maio • Publicado em: Caso do Dia

     Vocês que acreditam que o Brasil esteja entre os países que fazem parte da orquestra sinfônica das grandes nações me desculpem, mas estamos desafinando barbaridade. Considerem o passado recente. Do pós-guerra até hoje, tivemos toda sorte de perigos constitucionais e longas temporadas de temor. Isso está mais para banana república que para um país sério.

     Tenho enorme inveja de países estáveis, em que há alternância no poder como o Chile e em vários países europeus, onde o socialismo não é aquele Frankenstein que Nicolás Maduro impinge ao seu crédulo povo, em que não se discute política acaloradamente de dia e de noite. Adversários vão ao bar à noite para beber e jogar conversa fora sem ressentimentos, que já aconteceu no Brasil.

     No passado, sempre invejei os italianos. Quando caía o gabinete, a bolsa subia.

    Publicado por: Nenhum comentário em Temporadas de temor

  • O fator humano

    Publicado por: • 23 maio • Publicado em: A Vida como ela foi

     Já fui bancário, vocês sabem. Assim que completei 18 anos, precisava de uma graninha e banco era o lugar ideal para se trabalhar. O expediente era só de tarde, e o salário era bom porque ganhava-se, além do 13º, pelo menos mais dois salários de gratificação. Cheguei a receber cinco em um dezembro em que o banco teve lucro muito grande.

     Quando fui promovido a escriturário, bem no início dos anos 1960, me botaram no setor de contas-correntes. Atendia o balcão. Na época, cada cliente tinha uma grande ficha de cartolina, e os depósitos e retiradas eram feitas com lápis; já o cara atrás de mim tinha as mesmas fichas, mas o movimento era registrado numa máquina de escrever de dois rolos, sendo que tudo era impresso com um solvente especial para um livro. No fim do dia os registros dele tinham que bater com o meu e com uma rubrica chamada de Razão, controlada pelo caixa e checada pelo subgerente, o contador, mais adiante pelo balancete e, depois, no balanço auditado pela matriz em Porto Alegre.

     Qualquer funcionário da agência, mas qualquer um mesmo, podia acessar as fichas sob meu controle, então podia ver saldo, movimento mensal, saldo médio, essas coisas. Mesma coisa com o cara atrás de mim. Não passava pela cabeça de ninguém xeretear a vida financeira dos ricos da cidade, Montenegro. Não era concebível que uma pessoa séria fizesse isso, era pecado mortal, muito menos para vender essa informação cadastral como começou a acontecer depois, meados dos anos 1980.

     O que quero dizer é que não é a facilidade de obter dados sigilosos que mudou as pessoas, as pessoas é que mudaram. Para pior, como podemos ver sem mesmo abrir um jornal ou ver noticiário de TV.

     Está no ar como a maresia.

    Imagem: Freepik

    Publicado por: Nenhum comentário em O fator humano

  • Pode haver honra entre ladrões, mas não entre políticos.

    • Lawrence da Arábia •

  • Curva difícil

    Publicado por: • 23 maio • Publicado em: Notas

     Países são como pessoas, a curva do aprendizado passa por decepções. Só que temos tido muitas nos últimos anos. Convém sempre botar as barbas de molho. Eu segui o conselho do Barão de Itararé, de onde menos se espera, dali mesmo que não sai nada.

    Publicado por: Nenhum comentário em Curva difícil