• A moda gender-bender  

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: Caso do Dia

     O(a) amável leitor(a) saberia dizer o que é gender-bender? São produtos que atendem a todos os gêneros, uma criação da indústria para abrir um novo nicho de consumo. No passado, tinha o unissex, que servia para homens e mulheres, mas esse é um conceito mais para roupas. A ideia por trás da novidade é desconstruir preconceitos, como informa a boa matéria do Jornal do Comércio na edição de hoje.

     Não sei como os fabricantes vão distinguir sandália, por exemplo, porque é o que eu chamei de unissex. Os chinelos de dedo podem ser solicitados por ambos os sexos, embora a “decoração” para as mulheres seja mais vistosa, colorida, do que os modelos masculinos.

     Com base na história recente do Brasil, sugiro que se adote o politicamente correto. Assim, teríamos as havaianas e os havaianos, a sandália e o sandálio, o auto e a auta, a panela e o panelo (para os homens na cozinha), o desodorante e a desodorante, e assim por diante.

     Se a ideia é desconstruir preconceitos, é por aí.

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  • Capricho de freguês  

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

     Dois funcionários públicos graduados do governo gaúcho estavam em uma rodovia rumo a um compromisso em cidade do Interior. A tantas da viagem, encostaram o carro em uma lancheria de beira de estrada, cuja fachada já não recomendava. Lá dentro, era ainda pior, com visível falta de asseio no chão, paredes, mesas e cadeiras. Pelo menos podiam beber alguma coisa. Pediram para o garçom que providenciasse dois copos limpos. O cara foi para os fundos e transmitiu o pedido.

      Passou-se um tempo enorme e nada dos copos. Já iam cancelar o pedido quando apareceu uma cabeça atrás da fenda da cortina de plástico engordurada. Dirigiu-se para todos os fregueses em voz bem alta:

      – Para quem são os dois copos limpos?

    Colaboração Vitor Bertini

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  • A vida é uma frase interrompida.

    • Vitor Hugo •

  • O fabulista

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: Notas

     Um intelectual porto-alegrense cuja empresa faliu deslocou sua expertise literária para políticos. Ao encontrá-lo na Praça da Matriz, amigo que não sabia da sua nova ocupação perguntou o que ele estava fazendo para sobreviver.

    – Estou imbuído do espírito de La Fontaine – respondeu, referindo-se ao fabulista francês.

    – ?

    – Ensino animais a falar.

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  • Erros da Criação, a série

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: Fabulinhas, Notas

     Quando foram criados os camelos e dromedários, o primeiro com uma corcova, era para ensinar os outros animais a fazer rapel e assim comer frutas e folhagens nas copas das árvores. Os dromedários, duas corcovas, deveriam ser montanha russa do parque de Diversões do paraíso. Deu tudo errado: os dromedários se recusavam a ser montaria e a girafa saiu da linha de produção antes do camelo.

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