• Capricho de freguês  

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

     Dois funcionários públicos graduados do governo gaúcho estavam em uma rodovia rumo a um compromisso em cidade do Interior. A tantas da viagem, encostaram o carro em uma lancheria de beira de estrada, cuja fachada já não recomendava. Lá dentro, era ainda pior, com visível falta de asseio no chão, paredes, mesas e cadeiras. Pelo menos podiam beber alguma coisa. Pediram para o garçom que providenciasse dois copos limpos. O cara foi para os fundos e transmitiu o pedido.

      Passou-se um tempo enorme e nada dos copos. Já iam cancelar o pedido quando apareceu uma cabeça atrás da fenda da cortina de plástico engordurada. Dirigiu-se para todos os fregueses em voz bem alta:

      – Para quem são os dois copos limpos?

    Colaboração Vitor Bertini

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  • A vida é uma frase interrompida.

    • Vitor Hugo •

  • O fabulista

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: Notas

     Um intelectual porto-alegrense cuja empresa faliu deslocou sua expertise literária para políticos. Ao encontrá-lo na Praça da Matriz, amigo que não sabia da sua nova ocupação perguntou o que ele estava fazendo para sobreviver.

    – Estou imbuído do espírito de La Fontaine – respondeu, referindo-se ao fabulista francês.

    – ?

    – Ensino animais a falar.

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  • Erros da Criação, a série

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: Fabulinhas, Notas

     Quando foram criados os camelos e dromedários, o primeiro com uma corcova, era para ensinar os outros animais a fazer rapel e assim comer frutas e folhagens nas copas das árvores. Os dromedários, duas corcovas, deveriam ser montanha russa do parque de Diversões do paraíso. Deu tudo errado: os dromedários se recusavam a ser montaria e a girafa saiu da linha de produção antes do camelo.

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  • Adeus, Porto Alege

    Publicado por: • 3 jul • Publicado em: Notas

     De um amigo e colaborador. Não identifico e nem a rua onde mora, a pedido.

      “Em frente ao local onde moro, foram demolidos três belos sobrados dos anos 40, sendo um em estilo germânico, belíssimo, para a construção de duas torres de 14 andares, totalizando 54 apartamentos. Bem, no local onde moravam três famílias, serão empilhadas 54 famílias. Agora, imagine, a rua é estreita e tem a mesma largura do século XVIII, o sistema de água e esgoto é o mesmo do século passado. Acrescente-se a isto, mais de cem carros para estacionar, a poluição decorrente, e está tudo pronto para o caos. Isto é qualidade de vida?”

     Boa pergunta.

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