• Neném Prancha

    Publicado por: • 27 jul • Publicado em: Notas

     “Se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminaria empatado”. Quatro décadas depois de sua morte, Neném Prancha segue vivo. Na memória, bem entendido. O filósofo do futebol distribuiu uma série de frases que são repetidas até hoje. Como ele foi roupeiro e massagista de clubes cariocas, há quem duvide que sejam da sua autoria. É sempre assim. Quando o cara é pobre não foi ele, e se foi uma grande bobagem, só podia ser dele. Bom, mas a frase tem a ver com salgar o gramado do Beira Rio, por óbvio.

    Publicado por: Nenhum comentário em Neném Prancha

  • O chute na santa

    Publicado por: • 27 jul • Publicado em: Notas

     Quem não é supersticioso levante a mão. No creo em brujas, mas que las hay, las hay, diz um antigo provérbio espanhol. Lembro de um caso que foi manchete nacional, acho que em meados dos anos 1990, quando um pastor chutou a estátua de N.S. Aparecida e o vídeo foi parar no Jornal Nacional.

    Publicado por: Nenhum comentário em O chute na santa

  • Comoção nacional

    Publicado por: • 27 jul • Publicado em: Notas

     Comoção é pouco para descrever o sentimento geral, que resvalou rápido para a ira contra as seitas. O episódio aconteceu numa quarta-feira e, em dois dias, o Centro de Porto Alegre estava cheio de camelôs vendendo uma réplica da santa. O marketing das centrais do comércio informal é muito ágil.

    Publicado por: Nenhum comentário em Comoção nacional

  • Modelo de entrada

    Publicado por: • 27 jul • Publicado em: Notas

     No começo da rua Voluntários da Pátria, conversei com um desses vendedores, que dispunha de dois modelos: um maior e outro pequeno, que cabia em qualquer bolso. Perguntei a ele se estava vendendo bem os produtos.

     – Bota bem nisso – falou ele, ar de satisfação no rosto. – Tem crente que compra pra fazer desagravo pra santa e outros compram na base do vai que, de olho em algum milagre.

     É a tal coisa das brujas.

    Publicado por: Nenhum comentário em Modelo de entrada

  • A forma

    Publicado por: • 26 jul • Publicado em: Caso do Dia

     Se os jornais e televisões e rádios do RS, especialmente, tivessem a figura do ombudsmen, criação sueca que consiste em escolher um jornalista para analisar crítica e severamente os erros da redação do seu próprio veículo, depois tornar público em uma coluna ou página do mesmo veículo, levariam um choque. Quando colunistas, comentaristas ou âncoras entrevistam alguém não fazem perguntas, fazem teses e debulham antecipadamente sua opinião sobre o assunto em tela.

      Já teve entrevistado que estrilou no ar. Disse que não foi lá para ser entrevistado, mas para ser criticado e, antes de mais nada, vai ter que ouvir o que o jornalista pensa dele e do seu trabalho. Normalmente, o pior. Como já dizia o ex-presidente Jânio Quadros, se sabes a resposta por que a perguntas?

      Já usei aqui a figura da caixa de sapato para ilustrar o que digo. O entrevistador tem uma tese, uma forma, que cabe na caixa de sapato. Se, no decorrer do tempo, a forma que recebe de volta do perquirido não cabe na sua caixa, ele está errado. No caso de repórteres que vão a campo, é pior ainda – se a realidade não se encaixa na sua forma, a realidade está errada.

      Como vai mal nosso jornalismo, nossa!

    Publicado por: Nenhum comentário em A forma