• O desencanto

    Publicado por: • 27 set • Publicado em: Notas

     A conclusão é óbvia. Ainda somos um país de terceiro mundo. Não acreditem na falácia de “país em desenvolvimento”. Imagina como estão contaminados os lençóis freáticos depois de dezenas e até centenas de anos. Não temos solução, desculpem os que acham que ainda seremos grande coisa. Com 52% dos adolescentes fora das escolas, mais um dado, não temos futuro mesmo.

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  • Falta

    Publicado por: • 27 set • Publicado em: Notas

    Como dizia um alemão primo meu, que veio trabalhar em empresa de São Paulo, “tenho inveja de vocês. Aqui falta fazer tudo”.

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  • Tampinha de PET

    Publicado por: • 26 set • Publicado em: Caso do Dia

      Todo mundo quer tampinha de plástico das garrafas PET, especialmente, entidades beneficentes. Pudera. São feitas de polipropileno e cada custa R$ 1,90, quase metade do polipropileno “virgem”, R$ 4,00. A garrafa tem reciclagem diferente e, na maior parte dos casos, vira roupa. Você, meu caro, que comprou um jeans com preço baixo pode crer que está vestindo garrafa de Coca-Cola ou de água mineral. O mesmo para camisetas, toalhas e outras peças de roupa. Melhor isso que ir para um lixão e adormecer por, sei lá, 400 anos.

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  • Minha querida verdinha

    Publicado por: • 26 set • Publicado em: A Vida como ela foi

     Nos velhos tempos, a bicicleta era comum no interior gaúcho, mesmo quando a estrada era ruim. Eu ganhei a minha, uma linda, cor verde limão claro, quando completei sete ou oito anoso, ainda em São Vendelino e, depois, em Montenegro. Ela me acompanhou até os 15 anos. Era minha companheira inseparável, eu pedalava com gosto e vento na cara a qualquer hora do dia ou da noite. Por vezes, até escapulia de madrugada para pedalar. Atravessava o arroio Forromeco, água batendo no eixo das rodas, ia ao Grupo Escolar distante 11 quilômetros de casa e, estrada de chão batido, mesmo com a chuva açoitando meu cangote.

     Embrenhava-me com ela no abundante mato na época, parava para colher a fruta quaresma, pitangas e cerejas. A glória era achar um pé de romã com as frutas estourando de maduras. Na falta das da estação, comíamos folhas e o caule de funcho. Bom para curar dor de barriga, claro, você não lembra que a mamã te dava chá de funcho? Não? Que pena, perdeu uma cura barata e instantaneamente.

     Meu Deus, como eu gostava da minha bicicleta! Conversava quando estava triste e também dividia minhas alegrias com ela. Quando furava um pneu, eu a consolava falando baixinho. A minha bicicletinha tinha alma. As grandonas, do meu irmão e primos, nas quais aprendi a pedalar enfiando um pé entre a barra e a corrente, em ângulo de quase uns 25 graus porque não alcançava os pedais se sentasse no selim, não transmitiam a mesma emoção. Apesar do perigo. Muito tombo levei. Que fim teve a minha querida verdinha cor de limão é coisa que me assombra até hoje. Dói pensar que ela pode estar jogada num canto ou, pior, tenha sido derretida como ferro velho.

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  • Não existem estranhos, apenas amigos que ainda não se encontraram.

    • Provérbio irlandês •