• …aos estúdios da Globo

    Publicado por: • 18 out • Publicado em: Notas

     A imagem mostrava uma longa mesa com um cartola comunista falando na ponta e outros ouvindo. A habitual arenga totalitária. Depois de 20 minutos, enchi. Saí para jantar com amigos alemães. Esqueci de desligar a TV. Depois do jantar fomos ver um evento cultural, de maneira que só cheguei no hotel perto da meia-noite. A televisão mostrava a mesma cena com os mesmos personagens. Igual à Globo, só que nela a cena já dura três anos.

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  • O furo da bala I

    Publicado por: • 18 out • Publicado em: Notas

     Um país que nós chamaríamos de esculhambado pode dar certo? Pode, mesmo continuando a ser esculhambado pelos padrões ocidentais de higiene e limpeza. Dois: a Índia e o Paquistão. O PIB indiano não para de crescer e, além de terem a sua própria Hollywood e serem donos de metade da Inglaterra, têm cientistas e pesquisadores de primeira linha, e já na terceira geração.

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  • O furo da bala II

    Publicado por: • 18 out • Publicado em: Notas

     Mesmo antes deles se tornaram independentes, trataram de enviar seus melhores alunos para as melhores universidades inglesas com tudo pago. Obviamente, eles eram seduzidos por empresas do Reino Unido, então cobriam as propostas para que trabalhassem no país de origem. Lance brilhante de inteligência. Ah, mas a miséria, o sistema de castas, dirão. Não dá para mandar toda a população para a Inglaterra, dava? Além disso, o sistema de castas na Índia é milenar. Os avanços sociais são pequenos e levam tempo.

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  • Vergonha

    Publicado por: • 18 out • Publicado em: Notas

     Falo sobre isso porque não consigo esquecer que 52% dos adolescentes brasileiros estão fora das escolas. Educação, vergonha nacional, era o bordão do senador João Calmon, já no início dos anos 1960. E continua sendo uma vergonha.

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  • Uma fina camada de verniz

    Publicado por: • 17 out • Publicado em: Caso do Dia

     No final de semana, um líder político envia sua newsletter com a chamada “Precisamos ser solidários”. Não é exclusividade dele, e não existe apelo mais inútil do que esse e outros assemelhados. De boas intenções o inferno está cheio. Somos todos médicos e monstros à Louis Robert Stevenson. Debaixo da fina camada de verniz, somos seres primitivos.

     Da esteira, assisti sábado um pedaço do jogo entre Vasco e Botafogo. No início, era uma gentileza só entre os adversários, um ajudando o outro a se levantar depois de uma falta. Menos de 15 minutos depois, começou o contrário, com dedos na cara e ameaças de pauleira mútua. Porém, o doutor Jekyll entrava em ação, a turma do deixa-disso. O jogo é uma metáfora da humanidade, embora nem toda ela aja desta forma.

     Essa qualidade é aprendida, não ensinada. Manter os demônios internos, o Mr Hyde de cada um de nós, exige muito mais que uma camada de verniz.

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