JC
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Comprei uma maçã Fuji que tinha menos sabor do que um chips de isopor. Cada vez que isso me acontece, pergunto onde é que foram parar as suculentas maçãs de Vacaria ou Caxias do Sul. As melhores são exportadas, claro. As do segundo time vão para as fruteiras em geral; as com aquela mancha preta na casca, sinal que foi atingida por uma pedra de granizo, vão para todas as fruteira em que compro maçã.
Mesma coisa com os pêssegos. Certa vez, fui a um jantar em propriedade do interior de Bento Gonçalves e, de sobremesa, deram pêssegos brancos que se deveria comer ajoelhado, produção do anfitrião. Onde eu compro, perguntei. Não compra, disse ele, vai tudo para a exportação.
– Esses que comeste guardo para a família e visitas, como é teu caso.
De maneiras que, para comer maçãs ou pêssegos de primeira, preciso viajar para o exterior e procurar nas melhores fruteiras as maçãs e pêssegos produzidos aqui.
Quero fazer uma consulta para vocês. Meu colega de redação Roberto Brenol de Andrade, editorialista do JC, tinha o hábito de trazer bandejinhas ou pacotes de biscoitos. Eu sempre pegava alguns. Agora, ele me diz que a glicose dele está alta e não pode mais comê-los. Então, eu disse vais gastar apenas metade ou quase metade de ora em diante.
– Como assim?
– Elementar, meu caro. Agora só precisas trazer a minha parte para a redação. É uma baita economia.
Ele me olhou de uma forma estranha. Então eu pergunto para vocês: o que fiz de errado? Baixei a despesa familiar dele e ele me olha desse jeito?
Do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, sobre o foro privilegiado: “A Constituição, ao estabelecer o foro por prerrogativa de função, pretendeu proteger os cargos e as instituições e não seus ocupantes, como ocorre hoje. A proliferação indiscriminada das funções protegidas por foro fez com que ele se transformasse em uma regalia”.