• O secretário francês  

    Publicado por: • 23 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Houve uma época na minha vida em que um bom número de pessoas recém-apresentadas me chamavam de “Fernandes”. Sei eu porque cargas d’água. Fosse hoje até dava para entender, mas nessa época eu tinha 30 anos e olhe lá. Mistérios cognitivos da mente humana.

    O inesquecível locutor de rádio, depois apresentador de TV, Airton Fagundes, era amigo – desde a juventude em Passo Fundo – do advogado e secretário da Saúde Lamaison Porto, cuja pronúncia era “Laméson”. Mas não para Airton. Dizia “Lamaison” mesmo, o que aborrecia o passo-fundense. Um dia, ele pediu para um amigo comum que pedisse ao Airton que desse a pronúncia correta quando falasse no rádio. Airton ouviu o pedido em silêncio. Em seguida entrou no ar.

    – O secretário Lamaison Porto anunciou que..

    Com todas as letras. Ante o questionamento do amigo, explicou.

    – O Lamesón não tem nada de francês, é Lamaison mesmo.

    Só para inticar com o amigo. Meses depois, passou a falar Lamesón.

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  • Trabalho e trabalho  

    Publicado por: • 22 ago • Publicado em: Caso do Dia, Frase do Dia

    Que Santa Catarina está bombando nós gaúchos estamos carecas de saber. Mas que lá se vende mais veículos do que o Rio Grande do Sul é novidade contada pelo presidente da Fenabrave-RS/Sincodiv, Fernando Esbroglio. E olha que nosso vizinho tem apenas 2/3 da população gaúcha. A velha história de sempre, enquanto nós aqui ficamos chorando em vez de arrumar a casa, nos sucessivos governos, eles tocavam ficha.

    Imagem: Freepik

    Festa e festa

    O Estado, entendido como ente, hoje é mero gerenciador de folha de pagamento. E nem consegue pagar em dia. O inchaço da máquina pública gaúcha se deu a partir dos anos 1980, quando – para usar um provérbio gaúcho – abriram as porteiras. Não só. Cargos em Comissão (CC) foram efetivados como funcionários públicos na constituição de 1988 e por via de consequência, na Carta gaúcha.

    Manezinho se mudou

    E para piorar, basta atravessar o Mampituba para a gasolina custar 50 centavos a menos. Então, quem é o mané aqui?

    País do Carnaval

    O doutor Maduro lá das Venezuela, como se diz na Fronteira Oeste, cortou zeros da moeda nacional como se isso fosse eficaz para combater a hiperinflação. Grande côsa. Se adiantasse, a partir de fevereiro de 1967, não teríamos o dragão dando bafo na nunca. O Brasil teve nove moedas desde 1911. Somos realmente o país do Rei Momo.

    Vivendo e aprendendo

    Aprendi uma coisa com o vice-presidente do Setcergs (transporte logístico), Frank Woodhead. Para ser viável uma ferrovia precisa cobrir pelo menos 3 mil Km de distância e transportar cargas com fins industriais, como minério de ferro e carvão.

    Sem volta

    O velho pleito gaúcho de retomar o transporte ferroviário fica só na lamúria mesmo. Nossos trechos mal e mal cobrem 900 km.

    Eleição

    Desisto de comentar eleição para presidente, pelo menos até ficar decidido pelo poder competente se Lula pode ou não ser titular do time. Por tudo que se sabe, nem no banco vai ficar. Mas, em um país como o nosso, tudo pode acontecer inclusive nada, como dizia o saudoso jornalista Adão Oliveira.

    O xis do problema

    Até agora, existe uma grande dúvida. Lula transfere quanto dos 35% ou 37% das intenções de voto para Fernando Haddad? E quantos indecisos vão votar no poste? Os sábios dizem que, pelas pesquisas mais recentes, Haddad não conseguirá muito mais que os 15% que tem hoje, se tanto.

    Amigo secreto

    Outro ponto a considerar – pronto, já estou comentando eleição – é que Jair Bolsonaro é visto como o maior perigo pelo PT. Não Geraldo Alckmin, Bolsonaro. E, num eventual segundo turno entre ele e o capitão, boa parte do PT paulista vota no tucano sem pestanejar. Pelo que me dizem amigos da pauliceia desvairada, Alckmin e o PT paulista não se dão mal, por assim dizer.

    Ora, vejam só!

    A Coca-Cola ameaça interromper sua produção de refrigerante na Zona Franca de Manaus e deixar o Brasil caso o Governo não devolva ao setor os benefícios que tinham antes da paralisação dos caminhoneiros, segundo informações da Folha de São Paulo. Em resumo, ela (e outras marcas de refrigerantes como a Pepsi) ganhavam crédito de 20% no IPI que foi reduzido para 4%

    Eu vim de longe

    Mas o que cargas d’água tem a Coca Cola a ver com Zona Franca? Ora pois, o xarope que posteriormente é misturado com água.

    Deriva Zero

    Reduzir a deriva e assim promover a segurança e a eficiência na aplicação de agrotóxicos é o objetivo de um novo programa que o Senar-RS lança em parceria com a Secretaria da Agricultura do RS, CREA-RS e Mapa. O Deriva Zero combinará uma série de ações com foco prático para reduzir os índices de deriva nos municípios onde este problema tem sido identificado. O programa será lançado hoje em Dom Pedrito (RS), com a presença do chefe da Divisão Técnica do Senar-RS, João Augusto Telles, além de representantes das entidades parceiras.

    O sucesso 

    Falar em Ozires Silva é falar na Embraer, que ele fundou. Seu texto – leia na íntegra na seção de “artigos” – mostra seu ponto de vista sobre a indústria aeroespacial, conclamando à união de esforços. 

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  • O problema não é ser um vira-lata, o problema é ter complexo de vira-lata.

    • F. A. •

  • Saudosa memória

    Publicado por: • 22 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Escrevi há quatro anos:

    Se realmente passar no Senado essa ideia esdrúxula de nivelar por baixo em vez de melhorar a educação — eliminar o “c”, o “ç” e o “ss” da língua portuguesa, todos nós que gostamos de ler e de escrever vamos ter que voltar para a escola. Em outras palavras, reeducar-nos. Seremos analfabetos funcionais ante às novas regras, que delas Deus nos livre e guarde, enquanto os semialfabetizados de hoje serão mestres, com doutorado até.

    Se esse despautério realmente emplacar, mais adiante, o passo seguinte será o rebaixamento geral. Quando escrevermos “nós fomos” o titicher nos corrigirá dizendo que o certo é nóis fumo.

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  • Juntos, somos mais fortes

    Publicado por: • 22 ago • Publicado em: Artigos

    Por Ozires Silva

    A indústria aeroespacial global está passando por profunda transformação. Consolidação entre fabricantes e fornecedores prometem impactar a competitividade do setor. Países como Japão, Rússia e China, contando com apoios governamentais e foco nos jatos de até 150 assentos, estão dispostos a ganhar mercados externos, no qual a Embraer é líder mundial.

    Sabemos ser difícil manter posição de destaque em mercados competitivos como a indústria aeroespacial.  Os países emergentes, que cresceram descobriram que não podemos fazer o que queremos. Temos de fazer o necessário, mesmo com sacrifícios, menos direitos e mais obrigações. Por isso, a Embraer está focada em manter sua competitividade no futuro: a parceria estratégica com a Boeing, a maior fabricante de jatos comerciais do mundo, faz sentido.

    Quando a Embraer foi criada, em 1969, a indústria aeronáutica era mais diversificada, mas não menos competitiva. Anos de trabalho árduo construíram a imagem e a reputação da Embraer no mercado internacional, desde que expusemos o Bandeirante uma primeira vez no Salão Aeronáutico de Le Bourget, em 1977. Desde então, a Embraer se dedicou a identificar certos nichos de mercado, com atenção total aos clientes para entregar produtos inovadores que atendessem às suas necessidades.

    A parceria com a Boeing poderá tornar a Embraer empresa mais forte e preparada para competir nos próximos anos. Juntas, as duas empresas criarão novos produtos e crescer, explorando oportunidades nos mercados. A Boeing reconhece a capacidade técnica da engenharia e da mão-de-obra da Embraer e afirma que o Brasil será o centro de excelência da joint venture, garantindo produção, criação de empregos e exportações para o Brasil.

    Há um paralelo deste momento com a privatização da Embraer, em 1994. Como agora, haviam  apreensões e vozes contrárias, mas sabíamos que a privatização era a única saída para mantermos a Embraer viva e, mais ainda, preparada para o futuro. A história mostrou que a decisão foi mais do que acertada e, desde então, a Embraer cresceu, se modernizou e se internacionalizou.

    Tornou-se, assim, líder mundial na fabricação de jatos de passageiros de até 150 assentos, ingressou no segmento ultracompetitivo da aviação executiva com produtos superiores e inovadores – o jato Phenom 300, por exemplo, há anos é o modelo mais vendido de sua categoria – e tem aumentado sua atuação internacional na área de defesa, cujo expoente atualmente é o jato de transporte multimissão KC-390. Com grande potencial de exportação, o KC-390 vem para substituir parte da frota global de antigos C-130 Hercules, de origem norte-americana, ainda em operação.

    Vivemos um momento que exige coragem e ousadia para tomar as decisões corretas e, assim, criar as oportunidades necessárias para o futuro. Entre outras vantagens, essa parceria estratégica com a Boeing fortalecerá ambas as empresas, posicionando-as de forma adequada para competir no novo cenário global da indústria aeroespacial.

    Não menos importante, veremos preservados os interesses da FAB e do Governo Brasileiro, mantendo a capacidade tecnológica e industrial instaladas no Brasil, o que garante também a soberania e a autonomia da nossa nação.

    Com linhas de produtos complementares, filosofias de trabalho e culturas semelhantes, dedicadas à inovação e excelência, a parceria estratégica se beneficiará de uma cadeia global de suprimentos, com fornecedores nossos e uma rede de serviços que fortalecerá as marcas Boeing e Embraer, criando assim uma nova proposta de valor para funcionários, clientes, parceiros e investidores.

    Como um apaixonado pela Embraer, à qual dediquei a maior parte de minha vida, vejo esta nova rota como essencial na construção do futuro da Embraer, que, tenho certeza, será um sucesso ainda maior!

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