• Mutatis Mutantis

    Publicado por: • 6 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Mudanças de trânsito como inversão de fluxo em uma artéria ou rua movimentada levam três semanas para que os motoristas as absorvam. Uma nova situação de emprego leva dois meses para que o funcionário novo entre no espírito da coisa. O governo Bolsonaro está levando seis meses para que o brasileiro entenda seu modo de ser e agir.

    A BOBEADA DO DIA

    Poderia ser menor se o Capitão não fizesse tanto gol contra, como essa das mudanças na CNH. Todo o mundo endurece, e nós amolecemos. Substitua “absorver” para “se resignar” e chegamos perto do que está acontecendo. As ausências dos filhos e suas aprontadas ajudaram o Capitão a ser menos saliente, criticamente falando.

    O CARVALHO FOI AO CHÃO

    Mais notável ainda, que ajuda muito Bolsonaro, é o sumiço do Olavo de Carvalho. Há quem ache que ele está igual a um bode, que recua bem recuado para dar marrada mais forte. Uma espécie de quarentena. Se ele levou um chega-pra-lá dos meios castrenses e seus representantes no governo deixou de ser uma hipótese.

     A COTOVELADA

    É uma certeza de 99,9%. Como o ouro, por mais puro que seja. Nada nem ninguém são 100% a não ser a morte e os impostos, já ensinava o tio Ben, Benjamin Franklin. Também devemos botar uma ficha na hipótese que o próprio Bolsonaro tenha dado uma cotovelada no guru. Milico sabe como fazer isso sem chamar a atenção do referee, o árbitro.

    A NUVEM DE MAGALHÃES

    Mudou o eleitorado ou mudou o presidente? Crave as duas. É bem verdade que o Capitão tem umas recaídas não previstas pelo corpo clínico, mas no geral vem diminuindo a quantidade de arremessadas de bolas de boliche na loja de cristais. Talvez provisoriamente, tal como a quarentena do amigo Olavo. Porém, o deputado mineiro Magalhães Pinto já ensinava que a política é como uma nuvem: olha está de um jeito, olha de novo e já está de outro.

    BALCÃO DE NEGÓCIOS

    O Congresso¸ esse formado como se fosse um multifacetado olho de mosca, às vezes olha a realidade de um jeito, às vezes de outro. Nem todas as janelinhas do olho da mosca são do mal. Parte é de primeira qualidade, parte é de última.

    MÉDICOS E MONSTROS

    A Câmara dos Deputados, mais que o Senado, comporta-se como a história de Robert Louis Stevenson. Às vezes, passa de Dr. Jekyll para Mr. Hyde num piscar de olhos. Depende da poção mágica que se lhes é oferecida.

    UTILIDADE PÚBLICA I

    Rafael Severo, da Trend Investimentos Imobiliário, foi eleito presidente da Junior Achievement RS. Sócio da StoneCapital Investimentos, Ricardo Schmitt, foi eleito vice-presidente do Conselho Diretor da instituição no RS. A ONG americana aplica programas educacionais em escolas, visando à disseminação do espírito empreendedor em crianças e jovens.

    UTILIDADE PÚBLICA II

    Acontece neste sábado a prova do vestibular 2019/2 da Faculdade do Ministério Público – FMP. As inscrições seguem abertas pela internet até às 20h, do dia 5 de junho, direto pelo link https://www.fmp.edu.br/graduacao/vestibular/inscricao/#menu-cursos. A avaliação será aplicada das 14h às 18h, no Campus Vertical da instituição (Rua Coronel Genuíno, 421), em Porto Alegre.

    Publicado por: Nenhum comentário em Mutatis Mutantis

  • Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam.

    • À moda Lavoisier •

  • O sete da sorte

    Publicado por: • 5 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    Disposto a tentar uma vaga na Câmara de Vereadores de uma pequena cidade do interior gaúcho, Filisbino teve um sonho premonitório. Sonhou a noite toda com o número sete. Ao acordar, conferiu seu Título de Eleitor e viu que ele votava na 7ª seção eleitoral, e que participara de sete eleições. Mais, o número do título tinha sete no início e no fim, e foi emitido num sete de julho.

    Quando se registrou na Justiça Eleitoral como candidato a vereador verificou que era o sétimo a tentar a vaga. Aí tem, pensou, é um sinal divino que vou ganhar. Para custear a campanha vendeu tudo, casa, cavalo, raspou a conta bancária e só não vendeu a mulher porque ninguém queria comprá-la. Para dizer a verdade, nem de graça.

    Quando veio o dia da eleição, dia 7, viu que era o sétimo da fila. Não tem erro, pensou Filisbino, eu sou O Cara e estou dentro. No dia seguinte, ao pleito, as urnas revelaram que ele fora o sétimo mais votado.

    Só que, para seu azar, a Câmara Municipal trabalhava com seis vereadores.

    Publicado por: Nenhum comentário em O sete da sorte

  • Muito além da debulhadora

    Publicado por: • 5 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Partindo do princípio que homens e mulheres têm ritmos diferentes nas relações sexuais, a Jontex lança o “Orgasmo em Sintonia”, um preservativo que prolonga a ereção masculina e estimula o prazer feminino para que o casal chegue junto ao clímax. A campanha está a cargo da agência BETC/Havas. Bueno, como dizia aquele pecuarista da Fronteira Oeste, depois que inventaram a debulhadora de milho, não duvido de mais nada.

    Esse mesmo pecuarista, é um personagem real. Vinha uma vez ao ano a Porto Alegre, e sempre almoçava no Restaurante Dona Maria, na rua José Montaury. Conhecia alguém da Mesa Um, o que lhe valeu salvo-conduto para fazer parte da roda. A cada novidade que alguém contava, ele esbugalhava os olhos de espanto. Uma dessas vezes foi quando lhe mostraram um telefone celular, o tijolão da Motorola. Foi então que disparou a famosa frase da debulhadora – ele falava debulhadeira.

    Data aprazada

    Eu adoro a expressão do título. Data aprazada é algo cabalístico. A data apraza que vem aí é a entrada do inverno, 21 de junho. Mas de que inverno me hablas, cara pálida? Não fez nem um arremedo de frio, portanto não teve o veranico de maio, que precisa de frio antes.

    Luto muito para ser um influencer digital. Como os que surgem nas páginas dos jornais impressos, presumo que então sejam influencer analógico, uma espécie de estágio probatório que, uma vez constante na mídia impressa, vira digital. O diabo é que não conheço os caras e as mulheres nos seus respectivos trabalhos, então como influenciam alguém fora do seu círculo de amigos? Sim, sim, eu sei que alguns tem milhões de cliques, mas depois de aparecerem no jornal impresso. E cá estamos nós de novo.

     Famosos

    Também verifico que alguns deles tem sobrenomes famosos, de empresários ou outros cidadãos de bola cheia. Vai ver que é por isso que não sou um deles. Falta-me um padrinho endinheirado, pai, marido, mulher avô com sólida reputação financeira. Às vezes, mais reputação que financeira de fato.

    Ricos

    Então vem a velha pergunta? Quantos ricos, realmente ricos, existem no Rio Grande do Sul?  Quando digo “ricos” refiro-me às pessoas que podem comprar um jato executivo acima de US$ 15 milhões sem precisar apertar o cinto em outras despesas vãs. Três, quatro? Eu conheço (de nome e de relancina, como dizia o cara da debulhadora), três e olhe lá. E eu lido com esse mercado. É minha profissão, afinal de contas. Sou obrigado a saber deles.

    PARÁGRAFO PRIMEIRO

    Nunca se deve esquecer que a única coisa que o brasileiro mente para baixo é o tamanho do seu dinheiro acumulado. O resto tudo é para cima, incluindo o tamanho do Reprodutor.

    Por falar em jatinho

    O supérfluo do rico é o emprego do pobre. A esquerda nunca entendeu isso. Assim como um estado que tem poucos ricos pelo conceito expresso acima, certamente terá menos ricos-comuns, menos classe média alta e assim por diante. Quando digo classe média não me refiro aqueles ridículos R$ 3 mil mensais que o IBGE caracterizou como sendo desta faixa durante o governo Dilma.

    Poupe, não sofra

    Vale a mesma coisa para poupança. Na definição clássica, poupança é aquele dinheiro que sobra depois de todas as suas despesas e contas mais uma vida boa sem abrir mão do conforto e sem sacrifícios. O que sobra é poupança.

    Boi ralado

    Agora, se você só come alface e boi ralado, como os ilhéus chamavam o guisado de carne, durante o mês inteiro, bebe água da bica (de vizinhos) não vai ao cinema, não tem banda larga nem smartphone, compra roupa só em brechó e mesmo assim de três em três anos, para guardar dinheiro, então você não é um poupador. É um cretino. Nem o Tio Patinhas abria mão de um certo conforto e explorava o Pato Donald. Neste caso, você é um vigarista.

    Sul Resiliente

    Nos municípios brasileiros, faltam recursos para infraestrutura e prevenção de catástrofes naturais. Com o objetivo de viabilizar projetos de resiliência urbana nos três estados do Sul do país, o BRDE formatou a linha de crédito Sul Resiliente. Aprovada com mérito pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Economia, no valor total de US$ 125 milhões, a expectativa é de que comece a operar com recursos do Banco Mundial no primeiro semestre de 2020.

    Publicado por: Nenhum comentário em Muito além da debulhadora

  • Duas palavras abrem qualquer porta: puxe e empurre.

    • F. A. •