• Semana gaudéria

    Publicado por: • 17 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    COSTELETA_PORCO1 (1)Os restaurantes do Grupo Press Gastronomia, em Porto Alegre e em Canoas, terão menu com pratos inspirados no Pampa e harmonizados com vinhos de terroir gaúcho para homenagear a Semana Farroupilha. Porto Alegre já teve vários restaurantes com pratos campeiros, mas sumiram um a um. O mais lembrado de todos é o Tio Flor.

    Foto: Marina Azevedo/Grupo Press Gastronomia

    DA PANELA AO FOGO DE CHÃO

    Comida de campo nem sempre é conhecida na cidade grande. Por exemplo, você conhece um sopão com espinhaço de ovelha e trigo, de preferência argentino. Com uma pimentinha e até com queijo ralado de primeira é comida supimpa.

    O PRAZER DE ESCREVER

    A ideia do desenho da letra é uma técnica antiga que remonta desde o início da comunicação. Mas é fato que, com o surgimento da imprensa e a invenção dos computadores, a escrita manual tornou-se cada vez mais rara.

    Luiza Azevedo (1)

     A REDESCOBERTA DA LETRA

    Atualmente essa ideia está sendo reinventada com a técnica incrível do Hand Lettering, que é o desenho manual das letras. A meta é brincar com diferentes formas, pesos e, assim, criar um texto que pareça uma ilustração. A “pegada” vintage, o manual, o humano e o emotivo resgatado no desenho das letras e palavras, em vez de digitá-las burocraticamente em um computador, são alguns dos pontos que explicam o porquê do sucesso da ideia.

    EM EXTINÇÃO

    A letra cursiva tende a desaparecer. Até mesmo receitas médicas saem do computador, então não dá mais para se queixar da “letra de médico”. Não raro, quando eles escreviam, só ele e Deus sabiam o teor; horas mais tarde, só Deus sabia. E olhe lá.

    O FUTURO É AGORA

    A tragédia mesmo é na estudantada. Cada vez mais o escritor Isaac Asimov é atual. Em um conto do livro Os Nove Amanhãs, Asimov narra a saga de um cientista que dispensa o computador para fazer operações matemáticas manualmente, com uma espécie de carvão. No início, acham que ele é bruxo. Passa-se no futuro – a obra é dos anos 1960 – mas vale a partir dos tempos que vivemos.

    EU SOU MINORIA

    TSE informa que já cadastrou biometricamente 106 milhões de eleitores no país. Se a distinção que me lê manuseou muito papel ou assemelhados abrasivos, pode não ter mais digitais. Jornalistas da velha guarda também. Eu sou um. De forma que sou um excluído. Quero uma lei para mim e esse grupo.

    REVIRAVOLTA NA DOAÇÃO

    Com mais de 226 mil habitantes, o Vale do Caí registrava 100% de negativa familiar para a doação de órgãos. Em menos de um ano de atuação do projeto Cultura Doadora, a realidade mudou completamente na região, que passou a registrar 63% de afirmativa familiar para a doação de órgãos e tecidos. O trabalho também resultou na ativação de uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott).

    CORREÇÃO

    Por erro do remetente, a palestra do advogado tributarista Sérgio Lewin sobre a MP da Liberdade Econômica na OAB/RS será hoje.

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  • Em vez de presença de espírito, às vezes é melhor a ausência de corpo.

    • F. A. •

  • Capital mais segura

    Publicado por: • 16 set • Publicado em: Caso do Dia

    Medalha Carla__111Minha amiga, a jornalista Carla Santos recebeu hoje, das mãos do coronel Rodrigo Mohr Picon, a Comenda do Comando de Policiamento da Capital, a mais alta honraria concedida pelo CPC a quem ajuda a promover segurança. Mohr ressaltou o apoio inédito da comunidade para que a Capital ganhasse maior efetivo. “Ajudaram-nos a receber mais policiais. A resposta disso estamos vendo nas ruas.”

    Foto: João Mattos 

    Homicídios

    Na comemoração dos 45 anos do CPC, a melhor notícia foi que a Capital teve 20 homicídios em agosto. É a menor taxa mensal registrada nos últimos dez anos. A informação foi dada pelo secretário-adjunto de Segurança do RS, Marcelo Gomes Frota.

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  • Pé na cova

    Publicado por: • 16 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    Tinha esse apelido porque era magro como um faquir visto de lado e mais curvado que corcova de camel. Os garçons do Chalé da Praça XV e o gerente João diziam que ele era médico aposentado, nunca conferi. E mal-humorado que só ele. Despejava falas mais espinhentas que traíra de sanga. E como defeito pouco é bobagem, era pão-duro a mais não querer. Não pagava bem os 10% e nenhum centavo de gorjeta deixava de voltar aos bolsos do surrado paletó preto, que talvez um dia tivesse tido cor bege.

    Fosse hoje, eu o chamaria de Doutor TOC. Fazia sempre o mesmo ritual nos mínimos detalhes. Obcecado por limpeza e temente não a Deus, mas aos germens, primeiro ia ao banheiro onde lavava as mãos com um sabonete medicinal por pelo menos cinco minutos. Não enxugava as mãos nem com papel-toalha, esperava que secassem normalmente. Voltava para a mesa e, sempre com as mãos para o alto, trançava as pernas nas pernas da cadeira para aproximá-la da mesa a fim de não tocar em nada.

    Com as mãos secas, tirava da sacola de plástico branco um vidro contendo um líquido verde, um pão de 50 gramas e uma porção de manteiga rodeado de dois cubos de gelo, tudo embalado em papel manteiga. Então ele fazia o único pedido ao garçom: meio filé bem passado. Quando a carne chegava na mesa, Pé na Cova pegava garfo e faca e fazia picadinho do filé, que virava guisadinho.

    Depois, despejava o tal líquido verde no copo, que também trazia de casa. No preciso momento em que ele se preparava para pegar o pão e enfiar nele o picadinho, um dos garçons vinha pela lateral dirigia-lhe um caloroso alô acompanhado da mão estendida, que em reflexo automático Pé na Cova pegava.

    Quando se dava conta que estava novamente contaminado, despejava nacos de irritação embebidos em caldo de raiva e voltava para o banheiro onde refazia toda a operação mata-germens. E depois voltava à mesa fuzilando o garçom com um brilho assassino no olhar com as magras e ossudas mãos cheias de veias azuladas para o alto.

    O recorde foram três descontaminações em um mesmo dia.

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  • O passado presente

    Publicado por: • 16 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    TUDO COMO DANTES…

    Aqui nesta Província de São Pedro do Rio Grande do Sul sempre fomos do contra e sempre teve a divisão que, na falta de definição mais sintética, costuma-se chamar de grenalismo. Mas há antecedentes, a rivalidade entre cidades vizinhas – São Leopoldo e Novo Hamburgo, Bento e Caxias, Pelotas e Rio Grande, Alegrete e Uruguaiana, Montenegro e São Sebastião do Caí, Lajeado e Estrela e assim vai.

     Imagem de web

    Somos como aqueles dois burros da antiga ilustração do cooperativismo. Mas não na parte final. O espírito de nunca pegar juntos, por mais necessário que seja para a felicidade geral e bem estar da população, não vinga por aqui.

    …NO QUARTEL DOS ABRANTES

    Então o juiz Sérgio Moro acolheu a denúncia do MPF. Sua Majestade Lula agora entra na primeira instância. Não sei como acaba, a história, mas posso dizer que, nos últimos discursos e entrevistas, Lula se tornou campeão na modalidade de tiro no pé. Começou com a frase da gravação em que comprou um apartamento no interior carioca como coisa de Minha Casa Minha Vida. Dali em diante foi um festival.

    Essas duas acima notas foram publicadas nesse blog em 20 de setembro de 2016. Reanimei-as para reforçar minha tese de que, por mais tempo de profissão que colunista tenha, acaba escrevendo sempre sobre as mesmas coisas.

    COISA DE LOUCO

     A Justiça libera o serviço de mototáxi em São Paulo. A bem da verdade, considerou inconstitucional a proibição, vício de origem, presumo. Mas é outra prova que o Brasil é um hospício. Motoqueiros representam 40% das mortes do trânsito e, com o serviço, agora vão ampliar o porcentual dos passageiros que morrem nas ruas. País demente.

    MP da Liberdade

    Sérgio Lewin, crédito Luiz GoulartO advogado tributarista Sérgio Lewin, vai abrir o ciclo de 10 palestras da OAB/RS sobre a MP 881/2019, conhecida como MP da Liberdade Econômica.

    A palestra “Contextualização da MP da Liberdade” acontece na próxima terça-feira (19 de setembro), das 19h às 21h, na sede da instituição ( Rua Manoelita de Ornellas, 55). A série de palestras acontecerá sempre nas terças e nas quintas-feiras sob a coordenação de Arnaldo Rizzardo Filho e Diego Galbinski.

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