• A imobilidade da morte

    Publicado por: • 9 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    Nos tempos em que a televisão ainda não tinha a mobilidade de hoje, o rádio marcava presença constante no que se passava nas ruas da cidade. E também fazia promoções para envolver a comunidade de preferência com patrocínios de empresas com foco na casa e na cozinha. Um deles era o “Feijão Alfredinho vai à sua casa”, da Rádio Farroupilha – a marca existe até hoje.

    O âncora era o radialista Rubens Pinto, que fazia às visitas que o nome do programa já esclarece usando o vozeirão em altos decibéis como era costume. A emissora pertencia ao poderoso grupo Diários e Emissoras Associadas, e ostentava orgulhosa o prefixo PRH 2.

    Numa dessas incursões a residências sorteadas, vede de manhã a viatura da Farroupilha passou pela esquina da Venâncio Aires com Lima e Silva. Um grave acidente terminou com um pedestre morto, caído na rua. Pinto então narrou o acontecido com riqueza de dados e testemunhais.

    De tarde, Rubens passou pelo mesmo local e o falecido ainda estava caído de bruços na rua. Então Rubens Pinto empostou a voz revestida de gravidade que a sofisticação exigia e contou o causo como o causo foi. E finalizou:

    – E lá estava o cadáver, imóvel.

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  • É boa, então não interessa

    Publicado por: • 9 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Em pelo menos uma coisa o Capitão está certo. É quando se queixa que os fatos positivos do governo não são divulgados como deveriam. Caso da inflação de agosto, que foi de 0,11% e em julho foi de 0,19%. São dados do IBGE. De fato, Capitão, mas não é só no seu governo. Como dizia um jornalista político dos anos 1970, a função do jornal é alarmar o povo. Alarmou? Não. Então não é grande notícia.

    QUEM ACHOU O SEDEX?

    Sedex, um serviço que já foi primoroso, agora leva dois dias para chegar em cidades próximas. Sim, eu sei, tem que ir para um centro de distribuição primeiro. Mas a entrega final vai depender da astúcia do entregador, que costuma reportar “logradouro não encontrado”. Mesmo que esteja nas suas fuças.

    ERA BOM

    Falar em centro de distribuição: o trem que vai de Porto Alegre a Rio Grande, na Metade Sul, precisa primeiro subir até o Centro do estado, Santa Maria e Cacequi, para depois tomar tenência e percorrer os trilhos até Bagé, na Campanha, e só então aproar Rio Grande. No tempo do trem de passageiros, levava-se dois dias para percorrer 310 quilômetros. Mas era bom.

    ERA RUIM

    O lado tenebroso da viagem é quando a composição era puxada por locomotiva a vapor. Sem ar condicionado, baixava-se as janelas de madeira para pegar uma fresca, cabeça para fora. Numa curva, entreva fuligem de carvão nos olhos.

    ERA PÉSSIMA

    A comida servida no trem. Mas pior ainda era a da Estação Ferroviária de Cacequi, onde se fazia transbordo para descer a Rosário do Sul e depois Bagé. Até hoje tenho pesadelos com uma sopa que ofereceram. Meu Deus! Dessem a receita para a CIA e, depois de meio prato, o cara confessava qualquer coisa.

    MISS ITINERANTE

    Lembrei da história de uma Miss Rio Grande do Sul que entrevistamos para o Jornal Gente da Rádio Bandeirante AM – a emissora patrocinava o evento. Matéria 500, aquela que tem que sair. Ela já tinha concorrido por duas ou três cidades diferentes e levou o cetro (!) concorrendo por Bento Gonçalves. Perguntei como estava Bento.

    – Não sei – falou ela. – Moro em Canoas.

    Como dizia o Millôr Fernandes, pano rápido.

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  • As lágrimas mais amargas são as que não se derramam.

    • Provérbio irlandês •

  • Tuberculose

    Publicado por: • 8 set • Publicado em: Caso do Dia

    O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anuncia, nesta segunda-feira (9), em Brasília (DF), nova formulação de medicamento para tratamento da tuberculose para crianças. Na ocasião, o ministro estará acompanhado de Lucica Ditiu, diretora-executiva do Stop TB, organização internacional que atua para eliminação da tuberculose no mundo.

    O evento será transmitido, ao vivo, pelas redes sociais do Ministério da Saúde: Facebook, Twitter, Portal (saude.gov.br) e WebRádio Saúde.

    PORTO ALEGRE

    O mês de setembro será marcado por um ciclo de ações da Prefeitura de Porto Alegre focadas na defesa do consumidor idoso. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção para o tema, além de celebrar o Dia Internacional do Idoso, comemorado anualmente em 1º de outubro. A diretora executiva em exercício do Procon Porto Alegre, Raquel Mambrin, explica que o trabalho de atendimento aos consumidores é fundamental, especialmente no caso dos idosos, que são alvos contumazes de abusos nas relações de consumo – como a aquisição não-solicitada de seguros ou de garantias estendidas para produtos e serviços. “Aproveitando que o Dia Internacional do Idoso se aproxima, buscamos fomentar a disseminação de conhecimento dos direitos que são garantidos a esse público”, argumenta.

    GRAMADO

    A II Oficina Participativa de Elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) de Gramado, realizada pela Secretaria do Meio Ambiente (SMMA), na quinta-feira, 5, no auditório da Prefeitura, teve como objetivo a discussão de estratégias, programas e ações, com base nos pontos positivos (forças e oportunidades) e pontos negativos (fraquezas e ameaças) e as definições de prioridades, estabelecidas na oficina anterior.

    A partir de agora, a SMMA deve concluir os diagnósticos ambientais que vem sendo realizados e organizar os resultados das oficinas participativas e da consulta de percepção ambiental, que devem auxiliar na indicação de demandas prioritárias a serem atendidas pelas políticas públicas ambientais referentes à proteção da Mata Atlântica no Município, que deverão ser incluídas no PMMA.

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  • Prioridades do consumidor

    Publicado por: • 7 set • Publicado em: Caso do Dia

    De acordo com a Pesquisa Perfil do Consumidor, realizada pela Boa Vista SCPC, parceira da CDL POA, nos seis primeiros meses de 2019, 57% dos consumidores, independentemente de estarem ou não inadimplentes, deixariam de pagar primeiro as contas originadas por meio de boletos e carnês, assim como as demais despesas supérfluas, na hipótese de queda da renda familiar.

    Em segundo lugar, com 33%, estão os consumidores que primeiro deixariam de pagar as contas dos cartões de crédito. Por fim, 10% afirmaram que não pagariam empréstimos e cheques especiais.

    Observando apenas os entrevistados adimplentes, 64% afirmaram que deixariam de pagar primeiro os boletos, carnês e despesas supérfluas. Despesas com cartões de crédito apareceram em segundo lugar (28%). Por fim, 8% não pagariam as despesas com empréstimos e cheque especial.

    Considerando apenas os consumidores inadimplentes, os boletos, carnês e despesas supérfluas foram apontados por 46% como os meios de pagamento que deixariam de ser pagos em primeiro lugar. E 40% deixariam as contas feitas no cartão de crédito para depois. Empréstimos e cheque especial apareceram, por fim, com 14%.

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