• As tribos de Porto Alegre

    Publicado por: • 24 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Até o início dos anos 1970, o carnaval de rua de Porto Alegre tinha a abrilhantá-lo as tribos, grupos cuja fantasias, não raro, eram estereotipadas, quase sempre à base de penas e cocares. Mas o povo adorava ver Comanches, Tapuias, Navajos, Tupis, Guaianazes, Caetés e Bororós entre outros.

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    NA PASSARELA

    O desfile das escolas de samba, blocos e tribos, nos anos 1960, era feito na Borges de Medeiros, com entrada na Joao Alfredo e dispersão na altura do edifício Guaspari, hoje lojas Lebes. No início dos anos 1970, a festa foi na João Pessoa, defronte à Redenção. Uma reta grande, apropriada para eventos dessa natureza.

    CACIQUE A RIGOR

    Os sambas-enredo sempre tinham temática indígena e quase nada a ver com samba. Aliás, nem hoje tem aqui ou no Rio de Janeiro, é mais marcha-rancho que outra coisa. Em meados da década de 1970, a vencedora foi uma com nome de tribo norte-americana, cujo enredo era a Ascenção e Queda do Império Inca. O refrão era cantado em tupi guarani. E o emocionado cacique recebeu o troféu vestido de terno branco e gravata.

    RECADO FINAL

    O combinado era que o presidente da escola de samba ou o cacique, no caso das tribos, pegasse o troféu das mãos do prefeito assim que ele passasse em frente do palanque oficial. Só que o cacique da tribo vencedora desrespeitou o script. Arrancou o microfone das mãos do apresentar oficial, o Ayrton “Camelo” Fagundes, e, com a voz embargada pela emoção deu seu recado de forma cadenciada.

    – Cacique-agradece-homem- branco-honroso- troféu.

    PENSAMENTO DO DIAS

    Eu gosto de pular Carnaval. Pular fora dele.

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  • Quer um exemplo de falta do que comer?

    – Um zumbi no baile funk.

    • Arth Silva •

  • Residência médica

    Publicado por: • 23 fev • Publicado em: Caso do Dia

    MAIS UMA turma de profissionais foi formada pelo Programa de Residência Médica do Hospital Ernesto Dornelles, o primeiro hospital privado a criar esta modalidade de formação no Rio Grande do Sul. Trinta e seis médicos receberam o certificado de especialistas em 14 áreas. Em 57 anos, a Instituição formou cerca de 700 residentes

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    A CÂMARA Brasil-Árabe informa que empresas egípcias querem exportar tâmaras para o Brasil. Até temos tâmaras à venda nas boas casas do ramo, mas entendo que falta divulgação sobre os benefícios desta fruta.

    Beduínos das caravanas que cruzavam e ainda cruzam o deserto tinham tâmaras como base da alimentação. São bem calóricas e ricas em fibras e alguns minerais.

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  • Secos e molhados

    Publicado por: • 22 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O CUPUNATION, plataforma de descontos online, realizou uma pesquisa para saber quanto da população brasileira e mundial usufrui atualmente dos aplicativos sociais e qual a tendência de crescimento. O Brasil ocupou o 4º lugar no ranking do número de usuários de redes sociais de quinze países selecionados, calculando por volta de 95,2 milhões de pessoas ativas, distribuídas pelas diferentes redes, apenas em 2018.

    Para a população brasileira, a estimativa de que haja um crescimento desses dados é grande: a pesquisa do Statista avaliou que, até o final de 2023, cerca de 114,5 milhões de brasileiros estarão conectados – o que representa um aumento de mais de 20% até o encerramento do período de três anos.

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    Analisando o estudo em conjunto com os demais países participantes, foi divulgado que a China e a Índia ocupam o primeiro e o segundo lugar da lista, com 673,5 e 326,1 milhões de indivíduos ativos nas redes sociais, respectivamente. A suposição do aumento de acessos desses países nos aplicativos é de 799,6 e 447,9 milhões. O último país da lista é a França, com a mesma estimativa calculada para 38,4 milhões ao final dos próximos 3 anos.

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  • Águas passadas

    Publicado por: • 21 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

    Nunca fui muito fã de carnaval. Mas até dava meus pulinhos antes que a maionese desandasse. Acredito que 1968, pouco mais pouco menos, as coisas deixaram os trilhos da ingenuidade e do Mandrake do tempo para ingressar em tempos mãos velozes, menos cordiais e mais assustadores. No final da década de 1950 e até medas dos anos 1960, reinavam absolutos os bailes dos clubes sociais. Quem não fosse sócio dos melhores, não entrava nem com assinatura do Presidente da República.

    Vencido esse obstáculo, “comprava-se” uma mesa para uma ou mais noites, geralmente grupos de quatro amigos. Bebia-se um uísque horroroso, geralmente Mansion House nacional (só milionário para comprar estrangeiro) que chamávamos de Mãos ao Alto. Champanhe só Peterlongo. As outras marcas davam ressaca até nas taças de cristal. Se fosse demi sec, dava azia até em copo de bicarbonato. Valia beber Cuba Libre, coca com rum. Mulheres gostavam, era docinho. Cerveja era para pobre.

    Uma observação interessante é que a bebida, fosse qual ela fosse, nunca vinha pura. Champanhe (espumante era coisa de pobre, sidra, pingo de cristal essas coisas criadas pelo diabo) sempre era acompanhada de confete, mesma coisa com uísque, cuba ou cerveja. A única bebida que não tinha confete era um martelinho de cachaça. Mas isso só na zona. Na zona valia tudo.

    Como acompanhamento olfativo, cheiro de lança no ar.

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