Os olhos que tanto nos faltam

13 maio • NotasNenhum comentário em Os olhos que tanto nos faltam

Aquela coisa de a imprensa não ter olhos para o que acontece no exterior, exceção dos jornais do Rio e São Paulo, ficou evidente com o que está acontecendo nas ultimas 48 horas. Possível colapso da Índia, maior inflação em 26 anos nos Estados Unidos, com tombo das bolsas, a nossa inclusive, o conflito Israel e palestinos do Hamas são apenas alguns dos estragos gerais dos últimos dias.

A Índia sempre viveu um paradoxo. De um lado, pobreza extrema. De outro liderança produção de filmes e outras pontas de orgulho nacional. A cultura milenar de banhos no imundo Rio Ganges, multidões esfregando as cinzas dos mortos no corpo, moradias infectas com meia dúzia de moradores em meia dúzia de metros quadrados, despejo diário de 134 toneladas em cada um dos seis pontos de esgoto in natura no rio, entre outras coisas terríveis.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_lista2.aspx?secao_id=443&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=margem_consignado&utm_content=centro_600x90px

No entanto, os mais pobres entre os mais pobres sorriem e levam a vida numa boa. Mas não contavam com a astúcia do coronavírus. É um morticínio. A fatura chegou.

Os novos bilionários

Chineses, tailandeses, vietnamitas entre outros povos asiáticos estão aplicando fortunas em mirabolices e nos silenciosos e eficientes bancos suíços, que os caçam sem parar. Na Europa, dificilmente alguém enriquece nos dias atuais e mesmo pré-pandêmicos. No Brasil, ainda dá para enriquecer com corrupção. Se der cana, dois anos em cela comprada, com comida boa de fora, ar, frigobar e TV, quebram o galho até sair de vez e viver numa boa. Com o nosso dinheiro.

E o salário, ó…

Os super ricos

Sempre entendendo que enriquecer não é ganhar uma Mega acumulada. Rico mesmo não sabe o que tem e não faz o cálculo do ganho mensal. Jatão (não jatinho) do ano, happy hour com champanhe de R$ 10 mil a garrafa, comendo presunto espanhol Patanegra de mil dólares o quilo e caviar beluga de 2 mil dólares a latinha.

E você almoçando o cachorro-quente do Rosário.

À espera da bobagem

O Hamas lança centenas de mísseis contra Israel que tem um escudo, o domo antimíssil. Resistirá na defesa até que o outro lado cometa uma grande bobagem. Aí o troco será impiedoso e muito, muito barulhento.

Enquanto isso…

…no Brasil, a  CPI  se transforma em barraco de Vila, com o “teje preso” dos velhos tempos, voz de prisão para Fábio Wajgarten, o ex-titular de comunicação do governo Bolsonaro. O chefe da comissão se negou,  dizendo que não era carcereiro.

Rico não faz barraco, tem imbróglios. Mas é a mesma coisa.

A Sofia já escolheu

Entre a ópera bufa chamada Brasil e os “felizes” indianos, alguma dúvida?

 O formigueiro

Quando um formigueiro tem formigas demais, a colônia se depura. Se a rainha morre, babaus colônia. Se o mundo tem gente demais, a natureza começa a liquidar o formigueiro usando uma arma extraordinária, os menores entre os menores guerreiros do seu exército.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »