Não vale quanto pesa

13 maio • A Vida como ela foiNenhum comentário em Não vale quanto pesa

Na década de 1970, o vereador porto-alegrense Nereu D’ Ávila fazia longos discursos reclamando das balanças viciadas dos estabelecimentos que vendiam produtos a granel. Maior parte usava as antigas balanças com dois pratos, colocando a compra em um e botando pesos no outro, até o equilíbrio.

Além da rapidez da pesagem, que impedia o freguês de ver o equilíbrio dos pratos, usavam o dedo salvador em um dos dois pratos. Salvador do comerciante, bem entendido. Como o consumidor brasileiro sempre foi ovelhinha de presépio, poucos reclamavam.

Um dia, Nereu foi à forra. O prefeito o nomeou Secretário de Indústria e Comércio, a SMIC. Um dos primeiros atos que fez foi colocar balanças de precisão no portão Central do Mercado Público, para que os consumidores pesassem as compras. Um bocado de gente voltava às bancas para reclamar. Hoje, as balanças são eletrônicas, então não dá para fraudar.

Ou não.

Imagem: Freepik

www.brde.com.br

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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