Os desajustados
Para eles e para nós, que ainda mantemos um pouquinho de sanidade mental, o inferno é aqui. Quem usa muito e-mails e redes sociais, como eu na minha profissão, sabe o martírio que é atualizar os APPs quando na troca de aparelho.
Face, whats, e-mails, tudo fica torto e exige uma injeção de paciência. Além de antibióticos para combater a burrice dos manuais e orientações de quem nada entende da demanda e como ela necessita de máquina ajustada como motor de Rolls Royce.
Os atônitos
Imagine o que sofrem idosos e pessoas que não sabem lidar bem com celular e Internet quando têm que pagar impostos que não vem mais em boletos. É uma desumanidade o que os nerds aprontam para eles.
Nerd é aquela pessoa teoricamente humana que pensa em 0 e 1, ajoelha-se na frente de um computador e, com os braços abaixados, o adoram como se fosse Deus. Acho que Ele ainda é analógico.
Os sem-noção
Esta categoria equivalente aos meia-roda no trânsito, também conhecidos como domingueiros. Os sem-noção se multiplicam como coelhos e uma subdivisão é formada por pedestres e ciclistas que não estão nem aí para o Código Brasileiro de Trânsito.
A ela pertencem ciclistas, parte mulheres, que trafegam com suas bikes à noite sem NENHUMA luzinha reflexível que seja. E, não raro, com fones de ouvido tocando música, tornando-os surdos temporários.
Os palermas
São os que acham que o Big Bang aconteceu quando eles nasceram. Nada existia antes deles. Eles já comandam o mundo e o tomarão de vez, se antes a inteligência artificial não ocupar seus diminutos cérebros.
O diabo venceu
A confusão que tomou conta da sociedade civil desorganizada é prova disso. Na batalha do bom senso versus o non sense, este foi o vitorioso inconteste. Lembre-se disso quando sua máquina for invadida por um vírus.
Tá tudo dominado
Os vírus digitais são as guampinhas que se observa na representação do diabo na antiguidade. Semelhantes ao vírus da covid.
Os zumbis analfabetos
Considerando que em torno de 70% dos brasileiros são analfabetos funcionais – metáfora para ocultar a verdade, diga-me que futuro pode ter um país como o nosso. Um exército que pode ser facilmente dominado pelo primeiro vigarista ou político populista que pintar no pedaço.
Tem muita gente cujo QI é o mesmo de uma samambaia.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
