O primeiro frio..

18 maio • NotasNenhum comentário em O primeiro frio..

… a gente não esquece. O de ontem em Porto Alegre não foi de renguear cusco, mas a sensação térmica com rajadas de 60 Km/h no Centro Histórico doeu. E olha que o ciclone nem tinha chegado.

A primeira vez

Olha, eu não tenho lembrança de ver o porto-alegrense tão preocupado com um evento climático como ontem. Um mínimo de gente estava no centro, maioridade funcionários do comércio e escritórios. Os patrões mandaram bem mais cedo para casa seus funcionários. Ao meio-dia já era notável o baixo fluxo.

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Lancherias e restaurantes populares às moscas. Gente preocupada com a possibilidade de faltar transporte para seus bairros ou cidades de origem. Compromissos cancelados, consultas e exames adiados. Nem os poucos camelôs vendiam algo.

Esta área de Porto Alegre sempre tem ventos mais ou menos fortes quando a bronca vem do Sul. A Rua dos Andradas, a 7 de Setembro, a Siqueira Campos canalizam as correntes. E os prédios nas laterais turbinam o efeito, imprimindo mais velocidade ao vento.

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Fui a um almoço na Associação Comercial. Não era nem meio-dia e fui obrigado a me equilibrar na entrada da avenida Júlio de Castilhos. Claro que os 12 graus centígrados com vento forte viravam 7 ou 8 graus.

A Flórida é aqui

Dei-me por conta que a paisagem lembrava as cidades da Flórida quando se aproximava um furacão. Só faltou pregar uma proteção nas portas e janelas, mas sei de gente que fez isso nos bairros. A vantagem dos americanos é que eles estão acostumados com eventos sérios.

0 trauma de 2010

O porto-alegrense ficou ressabiado com dois eventos que derrubaram um quarto das árvores dos parques (2004) e um repeteco em 2010. Yes, eu acredito em mudanças climáticas. Se a culpa é do Homem ou é dele em parte, deixo em aberto.

Existem ciclos. Em 1890 as geleiras do Alasca quase desapareceram. O New York Times publicou fotos de urso polar em meio a morros sem gelo no Círculo  Polar Ártico. A publicação dizia que, neste ritmo, o Polo Norte não teria mais gelo em poucos anos. De 1913 em diante, começou a voltar ao normal, desta vez com excesso de neve e gelo.

Nosso tempo no planeta

O canal Smithsonian fez alentada reportagem sobre as geleiras do Alasca. Uma glacióloga foi questionada se essa mudança se devia à atividade humana. A Terra tem atividade humana há pelo menos 5 ou 6 mil anos, em face da idade do nosso planeta isso é titica, falou a cientista.

Mudanças climáticas localizadas, sim, são causadas por nós, aduziu ela. Ela também informou que o degelo começou em torno de 1870.

Yes, eu acredito em ciclos. Ciclos causados por atividade solar na maior parte. Quanto ao efeito estufa, camada de ozônio e emissão de CO2, humildemente lembro que vegetais fabricam oxigênio sob luz solar. Já à noite é o contrário, é uma enorme fábrica de gás carbônico.

Enfim, somos muito novinhos para entender nossa mãe Terra. Nem desmamamos ainda.

Vale do silicone

De acordo com o último levantamento divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), o Brasil respondeu por 13,1% do total de procedimentos, seguido dos Estados Unidos, com 11,9%. O ISAPS aponta que o número de cirurgias plásticas realizadas no mundo é 7,4% superior ao de 2018 (5,6%). Em 2019, foram feitos 11.363.569 procedimentos, sendo 1.493.673 no Brasil.

Se os americanos têm o Vale do Silício,  na Califórnia, nós temos o Vale do Silicone. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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