O milênio da confusão
São tempos estranhos estes. Em plena era da informação, campeia a desinformação. A internet e suas redes sociais são tribos com modus vivendi próprio ou são inverdades e falsidades fabricadas. Uma pessoa comum tem duas saídas: acredita em tudo ou não acredita em nada.
A DITADURA PERFEITA
Vivemos o tempo da ditadura tecnológica. Levamos o celular até para o banheiro, ficamos presos no computador dia e noite e mais um pouco. Se você escrever “carro” receberá em seguida dúzias de ofertas de carros novos ou seminovos. Até nisso tem mentira, seminovo é usado e estamos conversados.
Você chamaria um carro com 30 mil quilômetros de seminovo?
O BLOCO DOS ASSUSTADOS
O regime de governo brasileiro é presidência, mas, de fato, é o Judiciário que manda. O segundo na hierarquia é o presidente da Câmara dos Deputados. Deveríamos ter respeito pela Justiça. Ao invés disso, temos medo dela.
RESPEITO, O QUE É RESPEITO?
Precisamos dividir as calçadas com bikes à toda, mesmo que tripuladas por rapazes e moças visivelmente bem de grana. Temos que nos cuidar até no jeito de falar e escrever para não ser processado por alguma minoria que já seja maioria. É um país em que privilegia os coitadinhos mesmo que os pobres coitados, de fato, sejam os que não pertencem a nenhum desses grupos, pois são as pessoas que trabalham, não incomodam a lei, são bons cidadãos e têm princípios.
Alguém aí conhece algum deputado que defende a maioria silenciosa?
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
