O caderninho do tio Hugo

5 maio • A Vida como ela foiNenhum comentário em O caderninho do tio Hugo

No tempo das chamadas vendas, que hoje seriam parecidas com os minimercados de bairro, uma que era muito famoso era a do tio Hugo, um alemão bonachão. Não existia cartão e nem se pagava com cheque, era no caderninho que todos os estabelecimentos comerciais mantinham. Pagava-se no fim do mês ou data aprazada pelo freguês. 

Pois foi numa tarde modorrenta dos anos 1950 que um moleque entrou esbaforido no estabelecimento.       

– Tio Hugo, a mãe quer um rolo de papel higiênico!

O dono pegou uma daquelas pinças com cabo de vassoura e o tirou do armário alto. O moleque pegou e saiu correndo. Tio Hugo abriu um bocão. 

   – Peraí! É pra anotar?

O guri já ia longe, ouviu e gritou de volta.       

– Nããão! É pra limpar o rabo!

https://www.brde.com.br/

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »