Moro mas não vejo tudo
Se for aprovado o novo Código Eleitoral, juízes, promotores, policiais e militares terão que cumprir quarentena de cinco anos antes de concorrer nas eleições. Parece sob medida para atingir Sérgio Moro, que nem se sabe se vai encarar.
O melô do doutor
Uma moda que começou nos anos 1990 se alastrou como fogo morro acima ou água lomba abaixo, os que registram-se na Justiça Eleitoral com a função antes do nome de batismo, delegado, coronel, capitão etc. Sem falar nos doutores.
Vícios de escrita
Entre as dezenas de artigos que recebo diariamente para aproveitamento no blog, apenas uma ínfima parte reduz os preâmbulos para ir ao assunto. Chamado de nariz-de-cera, essa introdução também é um vício do jornalismo. Tudo bem, desde que o introito não vá além do dever.
Às viagens do doutor Leonel
A palavra é um insumo barato, por isso é utilizada sem parcimônia. Às vezes, vão de Porto Alegre a Caxias do Sul passando antes na Fronteira Oeste. Que é um defeito dos políticos. Em certa época, nós os chamávamos de Reis da Bobina, enroladinhos. Mas atenção: também é uma técnica para fugir da pergunta. Os brizolistas que me perdoem, mas o doutor Leonel foi o mais prolixo que conheci. Não ia só até a Fronteira Oeste, passava antes nos confins da Argentina.
O políticos que usam a verborreia como estratégia de enrolation sabem dosar a torneira da fala. Os melhores que conheci alternavam papos longos com uma frase curta e grossa. É como Beethoven, que Deus o tenha, que alterna uma explosão de sons altos com murmúrios musicais. Ouçam suas nove sinfonias. Gênio.
Caracóis humanos
Em dias chuvosos, os fazedores de e-mails se retraem como caracóis quando são tocados. Dois dias de emoções pluviais sem trégua levam à síndrome da cama.
Te arremanga e vem
Assim dizem os gaúchos. Vem, mas vem com máscara, diz a Secretaria de Turismo do Mato Grosso do Sul. E uma boa entrada.
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