Inadaptilidade ao meio
“O gênio, o crime e a loucura, provêm, por igual, de uma anormalidade; representam, de diferentes maneiras, uma inadaptabilidade ao meio”. Fernando Pessoa
Não sou nenhum desses três citados pelo grande poeta lusitano, mas eu acho que me enquadro e cuja nova espécie, a dos que temem o Estado Geral da Loucura que se instala no Brasil. É aqui, lá fora há um otimismo em crescimento, a economia vai se recuperando na maioria dos países. Vivemos uma época nunca vista na nossa breve história, uma crise de saúde pública somada a um non sense político, como se a eleição presidencial fosse agora.
Incerteza de convicção
De um lado, o retorno ao passado com Lula. De outro, o presente incerto com Jair Bolsonaro. Podem apostar que o ex-presidente vai se safar dos processos da Lava Jato em definitivo. O Tribunal dos Pavões Supremos vai passar a mão em quem já condenou no passado. É o vírus da incerteza de convicção.
Princípio da Incerteza
Um físico alemão chamado Werner Karl Heisenberg enunciou a lei com o nome do título da nota. Em resumo resumido, diz que se pode medir a velocidade e a posição de uma partícula, mas não ao mesmo tempo. O Brasil vive eternamente deitado no berço da incerteza. Ou sabemos o ponto em que estamos ou a velocidade em que rumamos para o brejo. Tem sido assim desde o início.
O Brasil já teve sete Constituições e há dúvidas se não seriam oito, pois teve uma adendo à Carta de 1967 em 1969. Nem nisso há a certeza. Um pândego diria que não sabemos nem somar. Desde a Independência já tivemos pelo menos nove golpes de Estado – olha aí a incerteza de novo. Por isso o brasileiro é ruim em Matemática.
Das quatro operações fundamentais que nos ensinaram na escola, adição, subtração, divisão e multiplicação, somos especialistas em divisão. Subtração só quando envolve o erário.
Mas há de melhorar. Também somos especialistas em sair do brejo e entrar nele de novo.