Assalto na Ilha
Florianópolis, anos 1970, Bar Meu Cantinho. A capital catarinense era um oásis de tranquilidade. Assaltos e roubos eram raros, turismo na ilha ainda incipiente. Cerca das 22h entra um grandão com um revólver mais grandalhão ainda e anuncia assalto. O proprietário, seu Roberto, nem se abala, continua sentado atrás do caixa.
Como ninguém no recinto parecia se dar conta da gravidade da situação, o homem do mal dá um tiro para cima. Um pedaço do forro cai espalhando poeira e medo. Só então seu Roberto cai na real e fala com o português cantado dos ilhéus.
– Mas não é que é assalto mesmo, uai!
Abre o caixa e inclina o corpo.
– Sirva-se.
E assim foi feito.