Ampola no braço

29 mar • A Vida como ela foi1 comentário em Ampola no braço

Quando criança, minha geração tomava as mesmas vacinas de hoje, sarampo, varíola, tuberculose e não sei que outras mais. A varíola foi erradicada, mas seu vírus está guardado a sete chaves em algum laboratório ou centro e pesquisas infecto-contagiosas, como o CDC norte-americano em Atlanta. Vai que ela volte. Precisamos do vírus para fabricar nova vacina.

A da tuberculose era oral, um líquido leitoso de sabor indefinido. As outras não eram aplicadas com agulhas de injeção. Os enfermeiros cortavam a ampola e a esfregavam a parte áspera no braço. Doía, inflamava, deixava marcas indeléveis. Hoje temos medo da agulha. Nada muda, no fim das contas.

Também tínhamos caxumba, uma tosse braba. A FAB enchia seus bimotores C-47, versão militar do DC3, e levava a gurizada a 3 mil metros de altura. O ar rarefeito do avião não-pressurizado matava o vírus. Só alguns abençoados de Canoas e Porto Alegre eram escolhidos.

www.brde.com.br

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Ampola no braço

  1. cid vanderlei krahn disse:

    Era a coqueluche que era curada, minorada com o voo em altitude. Tanto q nos aeroclubes era chamado “voo coqueluche”…

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