Buraco educacional 

30 mar • NotasNenhum comentário em Buraco educacional 

Tenho insistido na tecla do buraco que vamos ter em uma série de atividades que foram interrompidas bruscamente. Um deles é o ensino como um todo e, em especial, o fundamental. Graça aos Paulo Freire da vida, crianças não “rodam” até o quarto ano. Com o gap da pandemia, há casos de crianças que estão no segundo ano e não sabem ler.
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É um pesadelo educacional, que vai impactar no ensino médio, depois no superior e na vida profissional. Com essa visão de coitadismo infantil, estamos formando uma nação de mimados, acostumados e arrostar professores e ainda ter o apoio dos pais por menos razão que tenham. É um círculo perfeito de mediocridade.

Futuro imperfeito

Quando eu era piá, ouvíamos de todos os lados o bordão “crianças, o futuro do Brasil”. Eram.  Que futuro terão elas com o ensino que a elas se dá? Se for futuro, será futuro imperfeito.

O coelho fugitivo

Estou esperando o que os governos vão decidir sobre a abertura do comércio no sábado e domingo de Páscoa. Tenho quase certeza que os prefeitos vão querer abrir e que a Justiça vai negar. É assim que a vaca vai para o brejo.

Cuesta abajo

Bolsonaro parece estar perdendo a māo. O barco está fazenro água. Perder o chanceler e o ministro da Defesa em dois dias abala qualquer estrutura. A essa altura, ele é refém do Centrão. Que ganhou os cargos que queria e vai mantê-los chantageando o presidente. Se tudo piorar, caem fora. Ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio.

Flor que não se cheira

Poucos lembram, mas após a redemocratização o então presidente José Sarney, na década de 1980, também foi refém do Centrão. Eram outros partidos, outros personagens, mas igualmente chantagistas.

Como em Chicago em1930,  esse grupo vende proteção. Mafiosos quebravam as pernas dos que não pagavam a extorsão, políticos impedem a governança.

Um país que tem paladinos do esbulho – como os nossos – não precisa de inimigos.

Chega de Intermediários, Supremo para presidente.

Empresários sem dedo

Mulher abriu uma loja de roupas na Cidade Baixa no início do ano passado. Veio a pandemia, as vendas despencaram. Ela tentou em vão renegociar o aluguel. O dono do prédio falou que preferia deixar o espaço vazio a baixar o aluguel.

Isso foi em junho de 2020. A loja está para alugar até hoje. O cara pagou IPTU, luz e água. Esse é um novo tipo de empreendedor, o suicida. Prefere perder os dedos a entregar os anéis. Casos assim se multiplicam em Porto Alegre.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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