Buraco educacional
É um pesadelo educacional, que vai impactar no ensino médio, depois no superior e na vida profissional. Com essa visão de coitadismo infantil, estamos formando uma nação de mimados, acostumados e arrostar professores e ainda ter o apoio dos pais por menos razão que tenham. É um círculo perfeito de mediocridade.
Futuro imperfeito
Quando eu era piá, ouvíamos de todos os lados o bordão “crianças, o futuro do Brasil”. Eram. Que futuro terão elas com o ensino que a elas se dá? Se for futuro, será futuro imperfeito.
O coelho fugitivo
Estou esperando o que os governos vão decidir sobre a abertura do comércio no sábado e domingo de Páscoa. Tenho quase certeza que os prefeitos vão querer abrir e que a Justiça vai negar. É assim que a vaca vai para o brejo.
Cuesta abajo
Bolsonaro parece estar perdendo a māo. O barco está fazenro água. Perder o chanceler e o ministro da Defesa em dois dias abala qualquer estrutura. A essa altura, ele é refém do Centrão. Que ganhou os cargos que queria e vai mantê-los chantageando o presidente. Se tudo piorar, caem fora. Ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio.
Flor que não se cheira
Poucos lembram, mas após a redemocratização o então presidente José Sarney, na década de 1980, também foi refém do Centrão. Eram outros partidos, outros personagens, mas igualmente chantagistas.
Como em Chicago em1930, esse grupo vende proteção. Mafiosos quebravam as pernas dos que não pagavam a extorsão, políticos impedem a governança.
Um país que tem paladinos do esbulho – como os nossos – não precisa de inimigos.
Chega de Intermediários, Supremo para presidente.
Empresários sem dedo
Mulher abriu uma loja de roupas na Cidade Baixa no início do ano passado. Veio a pandemia, as vendas despencaram. Ela tentou em vão renegociar o aluguel. O dono do prédio falou que preferia deixar o espaço vazio a baixar o aluguel.
Isso foi em junho de 2020. A loja está para alugar até hoje. O cara pagou IPTU, luz e água. Esse é um novo tipo de empreendedor, o suicida. Prefere perder os dedos a entregar os anéis. Casos assim se multiplicam em Porto Alegre.