Algo no ar…
Faz parte do catecismo empresarial nunca dizer que as coisas vão mal, por pior que elas estejam. Há uma crença que se deve manter o otimismo sempre, até para não atrair o diabo em forma de azar.
No particular, abre-se o jogo para os mais íntimos, como uma barragem tem que escoar o excesso de água. É o que ouvidos atentos captam a toda hora no meio empresarial.
…além dos aviões de carreira
Um exemplo de “me engana que eu gosto” é quando se saúda os tempos felizes como se fossem hoje, tipo PIB de trimestres passados. Mas a bruxa da dura realidade cavalga sua vassoura e turva o horizonte visível com nuvens pesadas.
Dizer que na Argentina é pior é um consolo fajuto. O povão sabe muito bem que a desgraça dos outros não consola a dele.
Aluga-se quarto
A aérea Japan Airlines (JAL) vai colocar camas de casal e guarda-roupa na primeira classe dos seus aviões. Taí, ó, o presidente Lula não precisa mais comprar um avião novo, é só alugar um dos japoneses.
A invasão
Uma onda de atacarejos vem inundando o Rio Grande do Sul, maioria de outros estados como Paraná e Santa Catarina. Alguns vêm do interior e ficarão no interior, outros para grandes cidades vizinhas de Porto Alegre. E são operações mais baratas do que supermercados.
Como pode…
…um atacarejo ter operação menos custosa do que um supermercado? Simples. Menos serviços. Não tem empacotadores, e a maior parte da mão de obra de reposição de mercadorias é fornecida pelas indústrias.
Brasileiros nos EUA
A revista Acontece, na Flórida, traz dados sobre imigrantes brasileiros. No último ano, cresceu 47% a contratação de profissionais brasileiros por empresas brasileiras nos EUA. O ritmo se mantém.
Não dá para condená-los. O Brasil é exasperante, funciona pela metade quando funciona. Regras e leis são violadas até pelos que deveriam zelar por elas.