A temperatura dos leões

2 abr • NotasNenhum comentário em A temperatura dos leões

O primeiro de abril era uma brincadeira levada muito a sério em décadas passadas. Nos anos 1980, eu e o escritor Josué Guimarães inventamos uma pegadinha, como se chama hoje.

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Eu fazia o Informe Especial da Zero Hora e Josué mantinha uma crônica na página 2. No dia 1º ele falou de um estranho caso. As estátuas dos dois leões no prédio da Prefeitura esquentaram de uma hora para outra.

À procura de explicações

Josué enfatizou que nenhum geólogo contratado pela Prefeitura encontrou uma explicação para o fenômeno. No dia 2, pedi ao fotógrafo Goiano, já falecido, para registrar as reações dos passantes. Eis que era enorme leitura da página que eu escrevia. Por volta das 16h, o Goiano voltou rindo.

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– O que dois velhinhos disseram ao encostar as mãos nos leões não vais poder publicar.

E contou o causo. Os dois encostaram cautelosamente nas estátuas que, em tese, deveriam estar muito quentes. Depois de algum tempo, um deles virou-se para o outro e disse:

-Esse jornal! Sempre mentindo…

Conspiração dos costureiros

Um problema que se acentua na medida em que os celulares ficam cada vez maiores é onde colocá-los ao caminhar na rua. Parece um problema prosaico mas que fica mais sério levando em consideração o número grande de amigos do alheio que o arrancam das mãos do dono.

https://cnabrasil.org.br/senar

Quando faz mais frio é fácil, porque você se agasalha com casacos e os carrega nos bolsos, certo? Mas não mesmo.

Onde boto o celular?

Primeiro que os bolsos estão cada vez mais estreitos e alguns smartphones não  cabem nele. Sem falar que você carrega cartões, que podem ser desmagnetizados. 

Foto: CanvaPró

Segundo, uma conspiração de costureiros e estilistas criou casacos e jaquetas  masculinas sem bolsos, o que deveria ser crime. Claro que tem o recurso da bolsa ou pochete. Mas é um transtorno se estiver chovendo.

Quando eles só ouviam e falavam

Em resumo, em tempos em que celular só ouvia e falava, dava para carregá-lo na mão, como os Nokinhas. Eram pequenos, dava para carregá-los na mão fechada até. Não tinham vírus nem telemarketing, essa praga que vai e volta.

Confirma minha antiga crença. Para cada novidade eletrônica surgem pelo menos duas dores de cabeça.

Rumo ao abismo

“Passamos do espanhol ao francês, do francês  ao inglês e desse à completa ignorância.”

Frase do escritor argentino Jorge Luis Borges. Se vivo fosse, o que ele diria do português?          

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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