– Você pode me explicar o que é política? (pergunta o menino ao pai)
– Sim, diz o pai, ok. Eu trago o dinheiro para casa, sou o capital. Sua mãe gerencia o dinheiro e o gasta novamente. Sua mãe é o governo. O avô, que ainda mora conosco, certifica-se de que todas as coisas se encaixem e estejam corretas: este é o Sindicato. A Anna, que nos ajuda na casa, é a classe trabalhadora.
– E para quem fazemos tudo isso?
– Para você! Você é o povo! E seu irmãozinho, que ainda está nas fraldas, é o futuro. Você entendeu isso?
Então o menino diz:
– Vou ter que pensar sobre isso novamente.
À noite, o garoto fica acordado porque seu irmãozinho sujou as fraldas e grita (chora) para seus pais. Mas no quarto do casal, apenas a mãe dele está dormindo. E tanto, que não vai acordar.
Então ele vai procurar Anna. Mas ela está na cama com seu pai. O avô olha de fora. Ele está cheio daquilo e volta para a cama.
Na manhã seguinte, na mesa de café, seu pai diz:
– Você agora entendeu o que é a política?
– Sim – ele diz – Sim, eu entendi isso agora. Assim, o capital abusa da classe trabalhadora, o sindicato olha e o governo dorme. O povo é ignorado e o futuro está na merda.
Tática extremista
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) espera a imediata apuração da conta pessoal da jornalista Andreza Matais, diretora da Carris, sucursal de O Estado de S. Paulo em Brasília. A jornalista foi ameaçada de ter seus dados pessoais revelados depois de notícias produzidas pela sucursal sobre o governo federal e que geraram uma série de ataques a ela e ao jornal.