A visão da tenda
Os índios norte-americanos davam nomes para seus filhos de acordo com a visão que o pai tinha bem na hora do nascimento. Isso explica Touro Sentado, Cachorro Louco e outros nomes de chefes (chiefs) historicamente conhecidos.
Vi um documentário sobre a maldição que o chefe shwane Talo de Milho lançou quando as minas de carvão poluíram para sempre a cidade de Minden, West Virgínia, uma das 1.334 cidades americanas condenadas para sempre. Talo de Milho, ora vejam só.
Imagino que sejam possíveis nomes como Cobertor Suado, Raio de Lua, Gota de Orvalho, Escalpo de Branco, e por aí, enveredando para outros mais embaraçosos como Árvore do Mijo ou Cocô de Cachorro. Pelo que li nos tempos de juventude sobre usos e costumes de uma tribo pouco conhecida, os shoshones, não havia como escapar do batismo da primeira visão. Acredito que foi assim que surgiram os Maike Jekinson da vida. Só que pelo áudio.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
« Perna em bombacha A felicidade dos centenários, uma área de pesquisa negligenciada »
