A guerra do amendoim
A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) sempre viveu com pouca renda gerada pelas mensalidades dos associados. Há uma década, uma das fontes de renda extra era a venda de cerveja nos famosos encontros de sábados de manhã. Oferta pouca, apenas cerveja, amendoim e pipoca como tira-gosto. Certo dia, o responsável pela operação fez as contas.
– Temos que parar de oferecer amendoim e pipoca, custam caro e a gente dá de brinde.
Os conselheiros aprovaram a sugestão, afinal não era assim artigo de primeira necessidade para combinar com a cerveja. Só que não. Vários sábados depois o encarregado do bar pediu mudanças nas regras.
– Temos que oferecer amendoim e pipoca nos encontros de sábado. E grátis.
Alguém alvitrou que a sugestão de tirar os tira-gostos fora dele mesmo. Então veio a explicação.
– Sim, mas descobri que sem salgadinhos a turma bebe menos cerveja. E menos ceva é renda menor.
Triunfante foi a volta do amendoim e da pipoca. Regada a cerveja, claro.
TRENZINHO NATALINO. Uma ação popular bloqueou o trenzinho….. só que as benesses já haviam sido pagas. Sem imposto de renda, pois a mamata foi dada como auxílio refeição. Seguramente este caso deverá servir de exemplo para todo os serviços públicos que participem de um orçamento global. Precisa de 100, pede 120. A sobra será dividida entre os honrados funcionários.