A falência do novo
A velocidade dos novos serviços e produtos ofertados para o consumidor é tamanha que, no processo, aparecem falhas gigantescas. Falhas que recaem sobre o lombo do cliente. Esse pobre coitado, não raro, ofuscado pelo brilho do mundo digital e tudo que o cerca nesta área.
É o caso das operadoras de telefonia celular. Lá atrás, elas descobriram que o brasileiro é o maior falante do mundo. E o maior é o gaúcho. Então elas exploram essa fraqueza.
Claro que elas são úteis. Só que a fome pelo dinheiro as leva a cometer absurdos.
No caminho do deslumbramento
Entre elas está a Vivo, outrora uma operadora modelo. Hoje, a ganância a levou a cometer desatinos sem limites nem mesmo à luz da Lei do Consumidor. Uma piada de mau gosto que nos impingiram como se, de fato, ele fosse protegido.
É protegido apenas em detalhes insignificantes. No atacado, nunca fomos tão maltratados.
E suas excelências, os deputados federais, só se preocupam em criar engodos “me engano que eu gosto” criando as tais Frentes Parlamentares apenas para iluminá-los para fins de reeleição e brilhantura pessoal.
De uma hora para outra, não consegui mais mandar nem receber SMS. Fui na loja da Vivo, na rua Uruguai. Depois de alguns minutos, o atendente falou que o SMS estava com algum bloqueio, e que precisaria de cinco a sete DIAS para ver a causa. Olhem o despautério.
Os novos órfãos
Mas eu acho que se trata de vingança, e explico. De tanto receber SMS, WhatsApp e ligações da Vivo Fibra oferecendo um serviço que eu não quero, bloqueei as mensagens no SMS.
Para mim, a vingança foi bloquear todo o sistema de mensagens, só pode. É assim a tortura moderna. Pode levar a um AVC ou à loucura. E ninguém nos defende. Não vejo nenhuma excelência ou ministro de governo falar que a defesa do consumidor precisa ser melhorada.
O povo que se exploda
O paradoxo é exatamente esse. O governo fala pelo povo. Mas o deixa a Deus dará. O motor principal do país, o consumo, obedece à Lei da Selva século XXI.
O povo, esse ente que elege algozes e não salvadores. Por isso que tudo no Brasil – exceções de sempre – está errado. De baixo para cima e de cima para baixo.
Missão impossível
Já comentei aqui que o Brasil só deu certo no tempo do Império. Não estou defendendo a volta da monarquia, apenas vejo a vida como ela foi.
Ferrovia elétrica, malha ferroviária, proteção à cultura e valores tradicionais. Toda essa maionese desandou a partir da Proclamação da República – aliás, um golpe de Estado.
De lá para cá os desastres foram se acumulando. Hoje, temos em torno de 75% da população na condição de analfabetos funcionais. Como é que o Brasil pode dar certo desse jeito?
É a proteção da ignorância como meta de governo..