A falência do novo

1 mar • NotasNenhum comentário em A falência do novo

A velocidade dos novos serviços e produtos ofertados para o consumidor é tamanha que, no processo, aparecem falhas gigantescas. Falhas que recaem sobre o lombo do cliente. Esse pobre coitado, não raro, ofuscado pelo brilho do mundo digital e tudo que o cerca nesta área.

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É o caso das operadoras de telefonia celular. Lá atrás, elas descobriram que o brasileiro é o maior falante do mundo. E o maior é o gaúcho. Então elas exploram essa fraqueza.

Claro que elas são úteis. Só que a fome pelo dinheiro as leva a cometer absurdos.

No caminho do deslumbramento 

Entre elas está a Vivo, outrora uma operadora modelo. Hoje, a ganância a levou a cometer desatinos sem limites nem mesmo à luz da Lei do Consumidor. Uma piada de mau gosto que nos impingiram como se, de fato, ele fosse protegido.

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É protegido apenas em detalhes insignificantes. No atacado, nunca fomos tão maltratados.

E suas excelências, os deputados federais, só se preocupam em criar engodos “me engano que eu gosto” criando as tais Frentes Parlamentares apenas para iluminá-los para fins de reeleição e brilhantura pessoal.

De uma hora para outra, não consegui mais mandar nem receber SMS. Fui na loja da Vivo, na rua Uruguai. Depois de alguns minutos, o atendente falou que o SMS estava com algum bloqueio, e que precisaria de cinco a sete DIAS para ver a causa. Olhem o despautério.

Os novos órfãos

Mas eu acho que se trata de vingança, e explico. De tanto receber SMS, WhatsApp e ligações da Vivo Fibra oferecendo um serviço que eu não quero, bloqueei as mensagens no SMS.

Para mim, a vingança foi bloquear todo o sistema de mensagens, só pode. É assim a tortura moderna. Pode levar a um AVC ou à loucura. E ninguém nos defende. Não vejo nenhuma excelência ou ministro de governo falar que a defesa do consumidor precisa ser melhorada.

O povo que se exploda

O paradoxo é exatamente esse. O governo fala pelo povo. Mas o deixa a Deus dará. O motor principal do país, o consumo, obedece à Lei da Selva século XXI.

O povo, esse ente que elege algozes e não salvadores. Por isso que tudo no Brasil – exceções de sempre – está errado. De baixo para cima e de cima para baixo.

Missão impossível

Já comentei aqui que o Brasil só deu certo no tempo do Império. Não estou defendendo a volta da monarquia, apenas vejo a vida como ela foi.

Ferrovia elétrica, malha ferroviária, proteção à cultura e valores tradicionais. Toda essa maionese desandou a partir da Proclamação da República – aliás, um golpe de Estado.

De lá para cá os desastres foram se acumulando. Hoje, temos em torno de 75% da população na condição de analfabetos funcionais. Como é que o Brasil pode dar certo desse jeito?

É a proteção da ignorância como meta de governo..

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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