É do peru
Entra ano e sai ano, e as piadas do peru de Natal não dão trégua. Frases de duplo sentido “qual o tamanho do teu peru, queres pegar o meu peru?” são contadas como se novas fossem. E os autores riem às bandeiras despregadas, os beócios.
O encontro
Publiquei, na quinta passada, na página 3 do Jornal do Comércio, foto e nota da visita que o ex-governador petista Olívio Dutra fez ao prefeito tucano Nelson Marchezan Jr. Durou duas horas em sala fechada. Para matear é que não foi. No Face, as repercussões foram várias. O pessoal do PT abriu a boca em forma de “O” quando soube. Muitos leitores também teceram comentários pró e a favor. Afinal, Olívio é linha dura do PT e sempre criticou as alianças espúrias feitas por Lula.
Siglas amigas
O comentário de um leitor merece destaque. “Estas siglas não são rivais. Eles nos enganaram por muito tempo. Pelo menos a mim. São de esquerda.” Mas vejam que ele não está sozinho. Na sexta-feira de tarde conversei com um velho amigo, na Banca 40 do Mercado Público, um professor universitário que sempre foi de esquerda, foi preso e torturado durante o regime militar, fez parte de grupos de extrema esquerda dos anos 1970, não quer nem ouvir falar em Bolsonaro, é MST desde sempre, enfim, esquerda total e absoluta. E sabem o que ele me disse?
Esquerda, direita
Disse que o PT é de direita. Que Lula foi e é de direita. Que houve avanços sociais nos dois mandatos, mas que ele e o partido são de direta. E afiança isso pela ótica marxista. No início, falou, o Partido dos Trabalhadores prometeu ser uma sigla de esquerda, mas em seguida mudou seu rumo. E não só o professor pensa assim. Historiadores, analistas políticos e até gente que era PT desde a fundação expressaram opiniões semelhantes em épocas diferentes. No mínimo, que serviram os interesses da direita.