Quando o Pepe liberou a erva
Imagine a cena naqueles anos. Após o encontro oficial dos presidentes Pepe Mujica e Barak Obama para acertar as pontas sobre presos de Guantánamo, o norte-americano mandou a imprensa toda sair. Zero testemunhas. Assim que eles ficam a sós no Salão Oval, Barak se inclina em direção ao visitante.
– E aí, Pepe, agora pode, seu felizardo! Trouxe um?
– Até trouxe, Baraka, mas é pro meu consumo pessoal. Pensei que um país rico como o teu me desse um fumo bom como prova de hospitalidade…
– Não deu tempo, brother. A Michele marca de cima. Ela diz que tá na hora de eu criar juízo e parar com a marijuana. Então, vamos apertar um?
– Tá pensando que o Uruguai é a casa da mãe Joana?
– Não amola, Pepe! Sei que tu tá com erva da boa. Vem!
Mujica bota a mão no bolso da bombacha uruguaia e tira um, olhinhos brilhando.
– Passa o isqueiro, bródi.
Apesar da ordem presidencial, o Serviço Secreto é obrigado a gravar o áudio da conversação. Os dois param de falar, só fica a respiração ofegante de um e de outro. Um deles tosse. Mujica fala.
– Madre de Diós! És muy fuerte!
– Oh yeah!
Houve-se um chiado. Intrigados, os agentes aumentam o volume do áudio. Segundos depois ouve-se um barulho de chuveiro aberto. Os sprinklers da Casa Branca entravam em ação.