• Terceira temporada do Politiquim

    Publicado por: • 24 ago • Publicado em: Politiquim

    O Politiquim está de volta para a sua terceira temporada. Após estrear durante as eleições municipais de 2016, os vídeos semanais, que têm a participação de jornalistas da redação e entrevistados convidados, tiveram continuidade em 2017 e voltam, no pleito de 2018, para discutir os principais fatos e polêmicas da campanha ao Piratini e ao Planalto, além do cenário político de Porto Alegre, do Estado e do País. Na abertura, eu com o Guilherme Kolling e a Lívia Araújo:

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  • El Niño e a urna

    Publicado por: • 24 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Eleição é como o El Niño, não tem clone, não tem nenhuma igual à outra. A versão 2018 é singular, e não apenas pela alta rejeição do eleitor à política tradicional e seus figurantes. Se as anteriores pecavam pelo tempo muito longo da campanha na TV, a versão deste ano é curta demais. In médio virtus, creio. Mas tem mais.

    Tempo curto

    Lá e cá muito candidato vai virar Enéas. Candidatos e partidos com poucos segundos abundam. E se o candidato a governador terá pouco tempo para vender seu peixe, imagina os que disputarão as Assembleias Legislativas e a Câmara dos Deputados.

    Sempre os mesmos

    Não precisa ser muito esperto para deduzir que são muitos os candidatos mas poucos os escolhidos pelas cúpulas para ocupar o microespaço. As siglas só apostam nos nomes bom de voto, o que significa prestigiar quem tenta a reeleição.

    Sem fenômenos

    Outra coisa singular nesta eleição é o espaço de tempo entre o começo da campanha e a aparição no horário gratuito. Tem que usar as redes sociais, mas a legislação é muito restritiva. Sempre aparecerá alguém que descobriu algum ovo de Colombo. E, depois, nós diremos que ele ou ela são um fenômeno. Negativo. Fenômeno é uma consequência lógica de um evento que nós não detectamos a tempo.

    Cheirar e matar…

    Eu não entendo. Um sujeito atravessa sinais vermelhos na Zona Leste de Porto Alegre, bate em um Peugeot tripulado por uma mulher, que morre. Ele é pego com cocaína mais adiante, e foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção).

    …e só um passo

    Como assim, sem intenção? Quando ele cheirou assumiu a possibilidade de causar mal a si e aos outros por estar com a consciência alterada. No país dos meus sonhos, ele seria indiciado por homicídio doloso (com intenção). É por estas e outras que este país é a zorra que é.

    Expoagas 2018

    Segundo o balanço divulgado pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antônio Cesa Longo, a 37ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2018 atingiu R$ 508 milhões em negócios nos dois dias da feira. Missão cumprida. E como.

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  • Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.

    • Clarice Lispector •

  • A saída

    Publicado por: • 24 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Estancieiro da Campanha dos antigos, do tempo em que se tocava gado coxilha acima para soltar os carrapatos, não renegou as modernidades e sempre se manteve alinhado com as melhores técnicas disponíveis no campo. Só tinha duas resistências: avião e cidade grande. Por isso, relutava em realizar seu sonho de consumo que era assistir o FlaFlu no Maracanã. Mas um dia tomou tenência e, após se despedir da família, dirigiu solito seu Monza até o Rio de Janeiro. Foi com sua melhor fatiota.

    Deixou o possante em um estacionamento e, na base do peito e na raça, finalmente entrou no Maracanã mais feliz que formiga em tampa de xarope. Foi se enfiando na torcida como percevejo em costura e viu seu time empatar no final do jogo. Mais de 90 mil pessoas saíram ao mesmo tempo e o xiru se viu em palpos de aranha primeiro para achar o Monza e pegar o caminho de volta. Quando avistou um PM foi direto ao homem da lei.

    – Moço, onde fica a saída pra Bagé?

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  • Como era verde meu vale

    Publicado por: • 23 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Escrevi – na página 3 do Jornal do Comércio – um fato estarrecedor para os gaúchos que ainda acham que somos os reis da cocada preta: de Santa Catarina emplacar mais carros 0Km do que o Rio Grande do Sul. Ali, ali, mas passou, algumas centenas além de 102 mil, maioria automóveis. A diferença do IPVA (2% lá e 3% aqui) pode ser parte da explicação, porque muita gente emplaca seu carro em plagas catarinenses.

    Bananeira que já deu cacho

    OK, mas não serve de consolo, pelo simples fato de Santa Catarina ter 7 milhões de habitantes (em números redondos) e nós 11,5 milhões. Então o fato continua sendo vexatório para nós. O ICMS tem alíquota menor, a gasolina custa 50 centavos a menos, e assim vai. Não se trata de culpar o governo atual. Nós nos enterramos há décadas. Coisas conhecidas, arrogância, falta de união, máquina pública inchada, entre outros fatores.

    Inimigos na mesma trincheira

    Com casa lotada, o debate no Tá na Mesa de ontem, na Federasul, teve o momento mais tenso da campanha eleitoral até agora. Mateus Bandeira (Partido Novo) e Eduardo Leite (PSDB) protagonizaram um forte discussão com acusações mútuas. E o candidato do PT, Miguel Rossetto, mereceu murmúrios de reprovação quando chamou a presidente da entidade Simone Leite de “presidenta”.

    Caprichos de eleitor

    A reprovação da população ao governo de Michel Temer recuou nove pontos percentuais do início de junho até agora, embora continue acima de 70%, além de não ter aumentado a aprovação à gestão. Talvez porque a mídia largou Temer de mão, talvez porque a economia vai reagindo, por incrível que pareça.

    Reação industrial

    Um exemplo: o indicador de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu para 68% em julho, recorde em quatro anos. O dado é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

    Surpresa

    O indicador que me surpreendeu foi a constatação do Datafolha que apenas 33% estão insatisfeitos com a vida que levam, e 66% acham que estão numa boa.

    Jogo duplo

    Sempre fico com um pé atrás, porque dependendo da pergunta e suas circunstâncias, Deus pode parecer o diabo e vice-versa.

    República da Cadeia

    O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse que é uma questão “em aberto” a possibilidade de réus em ação penal serem eleitos para a Presidência da República e assumirem o comando. As orelhas de Jair Bolsonaro esquentaram porque ele é réu por incitação ao estupro na Corte. Se um dia for preso, seremos o país da cadeia, incluindo os notáveis que já estão vendo o sol nascer quadrado.

    Paulo, o Esquivo

    Tivemos vários nomes na história com o adjetivos, Pepino, o Breve; Plínio, o Moço; e o Brasil pode se orgulhar de ter Paulo Maluf, o Esquivo. Só agora a Câmara cassou seu mandato, décadas depois das suas aprontadas com o erário. Com bons advogados e grande dose se esperteza, Maluf é do tipo de botar suspensório em cobra correndo. Até agora.

    Deu pra ti

    Interessante a entrevista do cineasta e ex-executivo do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o paraibano Paulo Melo, na série Nêumanne Entrevista. A certa altura, ele afirma que “o grande esforço nacional seria no sentido de esquecer Lula, por um simples e prosaico motivo: ele já deu o que tinha a dar”.

    Renovação estática

    Pode-se contestar Melo, mas é inegável que o PT se transformou um Partido de Um Homem Só. Veja-se o caso gaúcho. Os nomes postos pelos petistas para o Governo do Estado são os mesmos há décadas, a maioria do início dos anos 1990. Não há renovação no partido das mesmas estrelas. Aliás, é um antigo vício da esquerda.

    Jornal do Comércio

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