Robôs assassinos estão em ação

2 jun • ArtigosNenhum comentário em Robôs assassinos estão em ação

* Por Vivaldo José Breternitz

O medo dos robôs assassinos é tão antigo quanto os próprios robôs – pensadores como o empresário Elon Musk e o neurocientista Sam Harris há muito argumentam que a Inteligência Artificial (IA) aplicada aos robôs representa uma séria ameaça à civilização.

Agora, um relatório da ONU pode aumentar esse medo, ao declarar que um drone atacou, e possivelmente matou soldados, sem receber comandos de um operador humano; esse é considerado o primeiro caso registrado de um ataque do tipo. O fato aconteceu em março de 2020 na Líbia, um país que vivia uma guerra civil em que outros países estavam envolvidos.

A Turquia, um dos principais envolvidos, usou um drone Kargu-2, que localizou e atacou forças inimigas em retirada. O drone, uma pequena máquina de 7 quilos, que pode carregar diferentes tipos de munição, com o uso de visão computacional e IA, identificou as forças inimigas e atacou-as.

A empresa fabricante do drone, a STM, diz que o dispositivo “pode ser usado com eficácia contra alvos estáticos ou móveis por meio de seus recursos de processamento de imagem em tempo real e algoritmos de aprendizado de máquina” – ferramentas típicas de IA.

Em 2018, a ONU tentou discutir um tratado que baniria as armas autônomas, mas a medida foi bloqueada tanto pelos EUA quanto pela Rússia. Entidades como a Human Rights Watch tem feito campanhas contra essas armas desde 2013.

Pesquisadores como Max Tegman, que trabalha com aprendizado de máquina no MIT, também alertam para o perigo trazido pela disseminação dessas armas e lembram que é hora de os líderes mundiais tomarem uma posição a respeito.

*Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

ATENÇÃO: As opiniões publicadas em artigos não necessariamente são as do editor deste blog. 

 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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