Primeiro mandatário
O favorito desta eleição para presidente não é Lula nem Bolsonaro. O Supremo será o presidente e nem precisa fazer campanha, nem usar fundo eleitoral. É ele que manda.
Segundo mandatário
É a Câmara dos Deputados, com ênfase no Centro. As melhores propostas podem afundar se não tiverem o voto de suas excelências.
E dentro da Câmara temos o Centrão. Também aí as melhores propostas podem afundar se não tiver o voto dele.
Mas há uma boa notícia. Dando cargos cujo “ponto” seja bom. Hay gobierno, soy a favor.
A vida como será
Se Lula ganhar, teremos um período de sustos tipo MST invadindo terra, a esquerda radical fazendo outros aprontos, e o inevitável aparelhamento do Estado. Depois, Lula governará como governo da primeira vez, deixando os bancos dar as cartas e grandes empresários beijando sua mão.
Se Bolsonaro vencer, o que as pesquisas estão dizendo que não tem chance, teremos a continuação da guerra civil ideológica provavelmente com tapetão para trrá-lo da cadeira presidencial.
A questão saúde
Uma das preocupações não expressas publicamente pela cúpula da campanha é a saúde de Lula. De vez em quando, ele escorrega na maionese, mas volta ao normal.
Fisicamente, é visível o desgaste estampado no rosto. Mas quem acha que ele vai baquear, um aviso: não confunda desejo com realidade.
Por isso, Geraldo Alckmin como presidente do Brasil pode ser chance não tão remota como o PT queria, Mas também não tão próxima como a oposição quer.
Oi nóis aqui traveiz
Se Lula se eleger, queria ser mosquinha para entrar na sala de reuniões da diretoria dos grandes jornais e redes de TV, após a eleição. Uma vez que massacraram Bolsonaro a ponto de ele ser reduzido de bobina de papel para uma folha de jornal.
Como tratarão Lula e seu governo? Darão um tempo para depois criticá-lo, ou será casamento de papel passado por graças alcançadas ou a alcançar?
Por sua vez, como Lula tratará esses amigos capitalistas da mídia e socialistas de ocasião? Bueno, isso é papo para segundo turno ou a partir de 1 de janeiro.
Em busca do tempo perdido A teoria do Vaso
É comum o contribuinte fazer o cálculo sobre quantos meses tem que trabalhar de graça para o governo, entendido como a carga tributária asfixiante. A Fiesp tinha um cálculo que, só no final de abril, começava a entrar seu dinheiro.
Esse tipo de cálculo enseja outros, o quanto de cada dia, mês ou ano você realmente aproveita para viver. Começando pelo deslocamento entre sua casa e o seu emprego ou empresa e o sono, normalmente oito horas. Se tiveres insônia, é tempo perdido igual.
Vou começar de baixo para cima. Quantas horas por mês você perde sentado no vaso? Se for leitor de vaso, pode chegar a meia hora por dia, se for apenas uma vez.
Considerando a higiene corporal, perdemos um bocado de tempo tomando banho, escovando os dentes e fazendo a barba, no caso dos homens. Mesmo que você seja rápido no gatilho, o vestir e desvestir comem bastante tempo. Principalmente se ficar em dúvida sobre qual roupa usar.
Vou deixar de lado as horas/ano que se vai ao dentista ou médico, os 45 minutos (eram 50, mas baixaram a cerca) com o terapeuta, cortando unhas, discutindo com a sogra e mulher, levando filhos para a escola e coisas domésticas outras. Cronometre esse tempo todo e garanto que vai levar um um susto. Então, vai sobrar pouco tempo para você fazer aquilo no que você está pensando.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
