Por que ETS não invadem o Brasil?
Mandaram escalões avançados durante anos. E os relatórios que enviaram desanimaram o alto escalão.
Lá atrás, quando fizeram o arcabouço do plano econômico, os cálculos se basearam na moeda cruzeiro. Quando tudo estava pronto, um espião brasileiro enviou um alerta.
– Suspende que o Cruzeiro virou Cruzeiro Novo!
E dê-lhe a recalcular, como o GPS. Depois de alguns anos cósmicos, fizeram contagem regressiva. Já estavam embarcando nos Ovnis quando o espião terráqueo mandou outro alerta.
– Suspende que agora a moeda é o Cruzado!
Foi um desânimo só. O ET economista-chefe foi demitido. Entrou um substituto que conhecia alguma coisa do continente europeu, mas não do Brasil.
Com a ajuda de estagiários, fizeram um plano econômico tão logo as forças armadas aéreas etesianas sentaram nos Ovnis. O filho do espião original, um político que queria um alto cargo no futuro Ministério das Obras Públicas, viu que era fria.
– Suspende que trocaram de novo!
Eles não sabiam, mas – no total – o Brasil trocou de moeda seis vezes. Na última, surgiu o Real. Como o plano levava em conta inflação alta, que baixou a 2% ou 3%, escangalhou de novo o dia D dos ETs.
Demitiram o economista-chefe. Melhor botar um político-chefe, ponderou o Ministro ET da Casa Civil, para desgosto dos generais. Dito e feito. A primeira coisa que ele fez foi mapear os partido políticos.
Quando mostraram a ele que eram 36 os partidos brasileiros fora os que estavam na fila, bateu um calafrio. Já tinham se atrapalhado com a França ao saber que país tinha mais de 400 tipos de queijos, como dissera um antigo líder de nome Charles de Gaule.
Começaram pelo MDB, que já fora PMDB e antes dele, MDB. Ué, mas o que ser isso?
O consórcio dos planeta ETs então apoderou-se dos corpos dos caciques da sigla, depois dos outros grandes. Tudo pronto de novo para a invasão, quando o espião mandou outro twitter espacial.
– Suspende por que eles brigam uns com os outros!
Foi a conta. O Comitê Central concluiu que invadir o Brasil seria um péssimo negócio. Só para controlar a bronca, ia ser uma missa. Demitiram o espião, que entrou na Justiça Trabalhista e levou um terço da verba destinada à invasão.