Pátria amada 

23 nov • NotasNenhum comentário em Pátria amada 

 Existem pelo menos quatro Brasis. O Brasil de Brasília, o Brasil do Judiciário, o Brasil da imprensa e o Brasil do resto. Dentro desse resto, o Brasil do Bolsa Família.

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O voo do xixo

Deu vontade de comer um. Fui no Boteko Histórico da Rua dos Andradas, que sempre tem. É dose para um. BB, 26 pilas. Casualmente hoje não tinha. Atraquei-me numa sobrecoxa, salada de maionese e massa honesta com molho sem frescuras. Tudo muito bom.

https://cnabrasil.org.br/senar

Fiquei matutando. O mesmo prato chega a custar 50 reais em outras casas. Certo, cada restaurante tem seus custos, aluguel, número de funcionários etc. Mas esse era grande, muitos funcionários. O dono me disse que prefere ganhar na escala, então está sempre cheio.

Moldura melhor que o quadro

Tenho observado que o preço dos pratos em casas mais sofisticadas  – eu diria metidas – há overdose de penduricalhos, molhos complexos que, não raro, escondem o sabor do ingrediente principal. Enfim, como o biquíni – mostra tudo menos o essencial. Que, muitas vezes, é como camarão miúdo: onde estás, que não te vejo?.

Comer em Porto Alegre é muito perigoso. Para o bolso.

A mágica dos milhões

Para tirar mais de R$ 5 mil da conta corrente, o cliente precisa avisar o banco com um dia de antecedência. Para tirar milhões e até dezenas de milhões é preciso avisar muitos dias de antes. Obviamente, a Receita é notificada. Então, como, há sete ou oito anos, políticos tiravam grandes somas em espécie sem chamar atenção?

Porque era dinheiro que oficialmente não existia. E não era falsificado. Isso naturalmente ocorreu em outra galáxia. Na nossa não. Como foi possível? Como toda mágica, é muito simples a explicação depois que o mágico abre o jogo.

O sonho de todo jornalista é fazer um livro com tudo que eu não podia e ainda não posso publicar. Poderia escrever três ou quatro.

Os rigores do marmelo

Comemos muitos produtos Cica na nossa infância e adolescência. Uma vez por ano a mãe e tias faziam goiabada, figada, schmier de uva. Na entressafra, Cica. O dinheiro era curto. Hoje diríamos mix de produtos, 4 em 1. Nunca fui de comer marmelada. Entupia o cano.

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Mas havia outro bom motivo para não gostar de marmelada/marmelo. Os galhos da árvore eram flexíveis, portanto ideais para uma surra. Inquebráveis. Apanhei pouco, uma ou duas vezes, sei lá. Mas devo confessar que de forma merecida.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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