• Nossa vez

    Publicado por: • 25 jul • Publicado em: Notas

     A FENAERT (Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão) divulgou sobre o relatório “Killing the Messenger”, que destaca a morte de 33 jornalistas ao redor do mundo no primeiro semestre de 2017. Elaborado pela Cardiff School of Journalism, no Reino Unido, o documento destacou que 18 deles foram assassinados em países que, supostamente, não estão em guerra. Neste ano, o INSI não registrou mortes de jornalistas ou profissionais de mídia durante o exercício da profissão em solo brasileiro.

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  • O pulinho

    Publicado por: • 25 jul • Publicado em: Notas

     Conhecida como uma das maiores distribuidoras de maconha do Estado, a apenada Sônia Regina Gomes fugiu do Presídio de Caxias do Sul pulando o muro. Se ela conseguiu pular o muro não era muro, era uma cerquinha. Então ela deu um pulinho. O que houve com o bom e velho arame farpado no topo?

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  • O sofrimento dos colonos

    Publicado por: • 24 jul • Publicado em: Caso do Dia

     Amanhã, comemora-se o Dia do Colono, data em que também é comemorado o Dia do Motorista. As razões são distintas. No caso dos profissionais do volante, é por causa do dia de São Cristóvão. No caso dos colonos, a origem foi bem outra. Esta data foi instituída em 1965, e as comemorações tiveram como eixo cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo e Montenegro, que eu saiba. E o foco era o colono alemão, não o italiano ou brasileiro.

     Vocês não têm ideia de como se sentiam os coitados quando o povo da cidade os chamava de colonos. Era uma humilhação e a autoestima dessa gente ia pro saco, porque era grande a dificuldade em falar português sem sotaque. O alemão sempre foi considerado uma língua “feia”, gutural que é. Como eu não padecia desse pecado de sotaque, sentia uma pena desgranida de ver a humilhação no rosto das vítimas, olhar baixo e, não raro, com lágrimas a rolar pela face.

     A reação veio aos poucos. E a vingança também. Na minha infância e juventude, os colonos eram pobres, usavam roupas por gerações, não tinham carro e viviam uma vida de necessidades. Se você for para o interior das cidades do Vale do Caí, verá que eles têm não só um, mas dois carros e que levam uma vida muito melhor que o doutor da cidade grande. Sem falar numa vida mais tranquila, com menos sobressaltos.

     Quanto menor e mais distante a ligação destas colônias com a dita civilização, melhor para eles. Eles podem saber que são felizes, mas se não sabem, é melhor que aprendam como são falas as luzes da cidade. Eu gostaria muito de morar no interior de uma destas colônias pelo menos por uma semana por mês, não fosse o fato de, infelizmente, não estar com o burro na sombra.

     Eu sempre dizia para os amigos de infância e adolescência que pleiteavam junto ao governo o asfaltamento do acesso ao município, que pensassem melhor. Hoje, vocês pedem asfalto, amanhã pedirão quebra-molas, enfatizava. Além do mais, asfalto atrai bandidos.

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  • A demolição da Guaspari

    Publicado por: • 24 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

     O prédio que abrigará uma Loja Lebes no Centro Histórico e Porto Alegre quase foi demolido. A edifício Guaspari foi construído em 1936 e abrigava a loja de vestuário de mesmo nome. Poucos anos depois, a prefeitura cismou de prolongar em linha reta a avenida Borges de Medeiros até a avenida Mauá. Ocorre que o traçado cortaria uns bons metros de um canto da Guaspari, e então a empresa foi à luta. Por precaução, comprou uma área pequena do lado oposto.

     Foi então que descobriram que, se o traçado da Borges fosse mesmo reto, teriam que ceifar parte do Mercado Público, o que obviamente seria um desastre. Para desfazer a mancada, tempos depois, apareceu um homem na loja e pediu para falar com Rafael Guaspari. Entregou a ele um envelope com carta e falou que iria pegar algumas roupas. Na realidade, fez um rancho, ternos, sapatos, camisas etc. Na volta, o homem do balcão fez as contas e calculou o preços das compras.

     – O senhor não entendeu bem. Eu sou funcionário da prefeitura e esta carta libera seu prédio, a Borges não será mais estendida em linha reta. Então creio que mereço uma recompensa e sua loja deve me dar de presente o que comprei.

     – Entendo sua posição, e certamente poderia lhe dar uma ou duas peças de brinde, mas não nessa quantidade toda – respondeu Rafael. – Eu tenho sócios e preciso emitir a nota fiscal.

     O visitante tirou a carta da mão de Guaspari, recolocou-a no envelope e em seguida no bolso interno do paletó.

     – Se o senhor não entendeu, eu não vou lhe dar a carta que impede qualquer ação judicial futura da municipalidade. Quando mudar de ideia me procure.

     O empresário não mudou de ideia. Achou que o assunto estava encerrado mesmo assim, mas, 20 anos depois, o então prefeito Célio Marques Fernandes viu a lei original que autorizava a demolição parcial do edifício Guaspari e, segundo a família, teria dito que iria botar a construção abaixo. Foi uma correria para achar a tal carta de alforria em alguma secretaria. Custou, mas, enfim, localizaram o documento.

     Estava, havia 20 anos, no fundo da gaveta do tal funcionário. Deixou-a lá sem dar andamento ao processo e se aposentou em seguida.

     E a Borges não está em linha reta na parte final. Mas o prédio está como foi erguido.

    Foto: Internet, sem indicação do nome do autor

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  • No complexo informativo brasileiro de hoje 90% são más notícias, 15% são neutras e apenas 5% são boas.

    • F. A. •