O raio
Não duvidaria se um dia Miranda chegasse lá. Aconteceu com Lula, ora, por que o raio não poderia cair no mesmo lugar duas vezes?
Não duvidaria se um dia Miranda chegasse lá. Aconteceu com Lula, ora, por que o raio não poderia cair no mesmo lugar duas vezes?
Lembrei da antiga piada do Joãozinho, eu vivia cantando a professora. Cheia de raiva, alimentou instintos assassinos. Passou, mas ela achou por bem se confessar. Quando contou o caso ao padre, este disse que era melhor ela ceder ao guri. Tinha sido assim com uma sobrinha dele e o Joãozinho infernizou sua vida até que ela foi ao conta de Eros com o pirralho.
Hoje a piada não tem graça. Mas garanto que, nos anos 1960, tinha. Éramos ingênuos, então. Meu Deus, como éramos ingênuos. Tudo era insinuado, não explícito, no máximo letras de marchinhas de Carnaval com duplo sentido. E fazíamos “óóóh!” de espanto.
No teatro de revista, as famosas vedetes eram rechonchudas e o máximo de sedução que sabiam fazer era piscar o olho. Nada usando a boca ou a língua, se é que vocês me entendem. Mas os títulos das peças eram o cúmulo do duplo sentido. Uma delas era “Tem Pixixi no Pixoxó”, olha que coisa mais cretina. Fez um sucesso danado em todo o país. A rainha das vedetes, a mais aplaudida, era Virginia Lane.
Imagem de internet
Um registro: nos anos 1950 o brasileiro se amarrava mais nas fotos das pernas e coxas das vedetes. Bunda era opção C. Peitos, B.