Modos na mesa
Quando eu era pequeno, não podia me servir primeiro nas refeições porque diziam que a primazia era dos mais velhos. Hoje, quando vou me servir, me avisam que as crianças têm preferência.
Quando eu era pequeno, não podia me servir primeiro nas refeições porque diziam que a primazia era dos mais velhos. Hoje, quando vou me servir, me avisam que as crianças têm preferência.
Segue manifestação do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, sobre a intenção do governo de aumentar impostos:
Mais uma vez, o ministro da Fazenda recorre ao aumento de impostos para dar a entender que trabalha para resolver os problemas da economia. É hora de o governo respeitar a inteligência dos cidadãos, que sabem o quão alta é a carga tributária do país e sabem também que os problemas econômicos não decorrem da arrecadação de impostos – que é elevadíssima.
Como pode o governo se queixar da arrecadação ao mesmo tempo em que aumenta as nomeações de cargos em comissão e não mede esforços para enviar dinheiro diretamente ao ralo das emendas parlamentares de aliados?
Logo quando o ministro Henrique Meirelles assumiu a função, em 2016, ameaçou recriar a CPMF. A OAB, na época, organizou um amplo movimento e o governo recuou da ideia. Depois, no início de 2017, mais uma vez, a equipe econômica se valeu do aumento de impostos sob a desculpa de isso ajudar a cumprir a meta fiscal. Hoje, o preço do combustível sofre uma alta que prejudica toda a cadeia produtiva. Da mesma forma a OAB agiu no governo de Dilma Rousseff, que também tentou recriar a CPMF.
A OAB continuará ativa, seja com ações judiciais, seja com campanhas e mobilização social, para atuar contra o aumento e a criação de impostos. As brasileiras e os brasileiros já arcam com uma das maiores cargas tributárias do mundo sem ter, em contrapartida, serviços públicos em qualidade razoável.
Combater o rombo das contas públicas significa atuar contra a corrupção e contra a ineficiência. Medidas óbvias, que parecem ser esquecidas pelo governo, passam por não nomear suspeitos de corrupção para cargos públicos. Outra medida básica é acabar com a farra dos cargos comissionados para apadrinhados políticos.
Nesse sentido, a OAB, recentemente, apresentou ao STF uma ação em que solicita a regulamentação das regras de nomeação de cargos de confiança no serviço público. O objetivo é definir os critérios técnicos de ocupação das vagas e evitar o desperdício de dinheiro público. Outra ação da OAB, apresentada ao STF, cobra a atualização da tabela do Imposto de Renda. Da forma como está, pessoas que deveriam ser isentas estão pagando IR e pessoas que deveriam pagar menos estão enquadradas em faixas mais altas.
Um cunhado da apresentadora Ana Hickmann reagiu quando um jovem armado de revólver atirou na apresentadora e em sua assessora: com um tiro, matou o rapaz que tentava assassinar as jovens. E está sendo acusado de homicídio por um promotor, que alega que, embora tenha havido legítima defesa, foi excessiva, e o cunhado da apresentadora poderia ter evitado a morte do candidato a assassino. O promotor que nos perdoe, mas este colunista, em situação igual, descarregaria o revólver, para garantir a vida de suas parentes. Alguém seria capaz de moderar-se nessa situação?
A informação é do colunista Carlos Brickmann, do blog Chumbo Gordo. Confesso que me senti muito incomodado com o relato. Pior, são situações comuns. Fazendo coro ao Carlos, o que poderia o acusado ter feitos para não incorrer no “exagero”? Defender-se com as penas de um espanador para não machucar sua excelência, o assassino? Ou quem sabe aplaudi-lo pelo tiro certeiro?
O grego Eurípedes tinha razão. Aqueles que os deuses querem destruir enlouquecem primeiro.
O especialista é um homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos e, por fim, acaba sabendo tudo sobre nada.