• Há muito tempo que o papel de sensato é perigoso entre os doidos.

    • Denis Diderot •

  • Primeira Presidência

    Publicado por: • 28 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O ministro Ricardo Lewandowski proibiu a venda de empresas públicas sem aval do Congresso, nas três esferas de governo. O Supremo realmente manda neste país. No caso, manda mal. Um dia antes, abriram as celas dos presos da Lava Jato. Não cabe a pergunta “Onde vamos parar?”. Não vamos. Vamos para o fundo. E o Congresso, ora o Congresso…

    Os três tribunais

    Do jornalista Carlos Brickmann: Um grande político baiano, Otávio Mangabeira, dizia que, por mais que um fato fosse estranho, na Bahia havia precedente. No Brasil também: o único país do mundo a ter Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral criou também três Supremos Tribunais Federais. Um está na cabeça do ministro a quem o caso é entregue, e que prende e solta a seu critério. Outro é o do plenário, com os onze ministros que a Constituição determina. O terceiro é o das turmas, cada uma com cinco ministros. Sabe-se que o ministro Édson Facchin, ao ver que Lula seria solto pela Segunda Turma, decidiu levar seu caso ao plenário, que o julgará depois das férias. Lula fica preso até agosto ou setembro.

    A várzea

    Onze craques ou supostos como tal reunidos numa só time não formam necessariamente uma seleção prodigiosa. A contrário, todos esses egos reunidos podem ser piores do que um time de futebol de várzea bem afinado.

    Galeria BRDE

    Galeria dos presidentes do BRDE

    Foto: Mauro Lewa Moraes

    O ex-presidente do BRDE e atual secretário da Agricultura, Odacir Klein, teve descerrada sua foto na galeria dos 31 ex-pesidentes da instituição. Nos agradecimentos, Odacir cunhou frase espirituosa referindo-se aos tempos difíceis de recessão econômica e ao desempenho do BRDE:

    “A estrada é pedregosa, mas o veículo é muito bom!!!”.

    E aduziu: “Onde eu estiver, haverá a defesa muito forte do Banco como instrumento para promover o desenvolvimento e a integração regional”.

    País de fofoqueiros

    Sempre acho estranho que, nas redes sociais, primeiro se comenta o estado físico dos comentaristas de TV – se está gordo, velho etc – antes de falar sobre a qualidade das suas análises.

    A Vingança dos Velhotes

    Há muitos anos, cristalizei convicção que você está velho quando diz ou faz três coisas:

    • 1) Diz a toda hora “no meu tempo”;
    • 2) repete “mas onde é que vamos parar!”:
    • 3) compra balinhas e dá para as garotas do seu círculo privado ou profissional.

    Especialmente esta última é mortal. Mas não dá para evitar comparações de outros tempos com a algazarra ofensiva comum neste milênio.

    A vingança de Cronus II

    Só que está mudando. Com a aceleração cada vez maior da tecnologia, usos e costumes – o celular lançado hoje estará obsoleto já na madrugada seguinte. Até uns 20 anos atrás, pessoas com 40 anos se sentiam jovens. São, desde que você não tenha. E vem a vingança do deus Cronus, o deus do tempo: hoje, alguém de 40 anos, e amanhã alguém com 30 anos, já pode dizer “no meu tempo”.

    Jornadas do Trabalho

    A cidade de Carazinho recebe nesta quinta-feira (28) as Jornadas Brasileiras do Trabalho. O evento, que percorre diversos municípios, acontece às 12h, no Clube Comercial, situado na Rua Boaventura Subtil de Oliveira, 65 – Centro da cidade. Serão palestrantes desta edição o ex-ministro do Trabalho e deputado Federal, Ronaldo Nogueira; o filósofo e professor universitário, Denis Rosenfield; o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Alexandre Agra; e o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, Amaury Pinto Rodrigues.

    O projeto Jornadas Brasileiras do Trabalho visa explicar a nova lei trabalhista. Serão 16 ao todo e em várias cidades brasileiras.

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  • Bares

    Publicado por: • 28 jun • Publicado em: Sem categoria

    Por uma série de circunstâncias profissionais e pessoais, bares e restaurantes de hotéis sempre me atraíram. Em parte para descobrir porque deram certo ou porque deram errado. Aprendi com um maitre que, dificilmente, restaurante de hotel dava certo. Há um conjunto de fatores, mas um deles é que o hóspede quer sair, dar uma arejada, conhecer a vida na cidade que visita a serviço ou a lazer. Comer no hotel só quando sair tem óbices.

    Eu escrevi “daram certo” porque não sei como é o quadro hoje. Vejo documentários com restaurantes maravilhosos, e mais de um. Como esses documentários na maioria são quase sempre pagos – hoje tudo é pago em qualquer plataforma de mídia, pode ser propaganda enganosa, dessas que são bonitos para os olhos, mas não para as papilas gustativas.

    Até o início dos anos 1980, Porto Alegre teve bares de hotéis muito bons. A maioria ficava no Centro, isso antes da classe média ser expulsa da área. O mais charmoso para mim era o Tiffany’s, do Alfred Porto Alegre, na rua Senhor dos Passos, mas o bar do Plazinha, na mesma rua, tinha mais tradição. Com cadeiras de espaldar alto e mesinhas cercadas por biombos, era ideal para conversas mais íntimas.

    O bar do Hotel Everest, na Duque de Caxias, nunca pegou, nem o restaurante, que oferecia uma vista maravilhosa da cidade. O Hotel Embaixador tinha um bem concorrido, embora um pouco barulhento para o meu gosto. O do City Hotel era dominado por advogados e pecuaristas. Já o bar do Lido era modesto como o hotel que lhe deu o nome – tinha mesas de fórmica, imagina. O primeiro bar do Plaza São Rafael, o Snack Bar, foi bom enquanto durou – os proprietários na época não gostavam de bar fechado. Pena, porque as paredes feitas com garrafas escuras iluminadas por dentro dava belo efeito.

    Dito tudo isso, dou receita para bar de hotel ou não: tem que ser aconchegante, silencioso, os clientes têm que falar baixo, e sobretudo, feitos para agradar casais casados ou não. Ninguém vai te procurar em bar de forasteiros.

    Imagem: Freepik

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  • Cospe-se num bandido menor, mas não se pode recusar uma espécie de consideração ao grande criminoso.

    • Denis Diderot •

  • O que falta no Moinhos

    Publicado por: • 27 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Eu gosto muito do Moinhos Shopping mas tenho uma queixa: por que o Zaffari não coloca uma operação diferenciada no lugar que hoje abriga a Lojas Americanas? Parece que lá atrás houve um ruído judicial, não sei se foi resolvido ou não. Mas falta uma superdelicatessen no shopping. O bairro agradeceria. Na rua Padre Chagas, temos uma de primeira, o Armazém 196 ou Armazém dos Importados, do qual sou freguês. Lá encontro queijos diferenciados, para ficar em uma das minhas paixões.

    Convite ao malfeitor

    Às vezes, penso que o Brasil tem ódio de quem ganha bem. Às vezes não, sempre. Baseada em decisão judicial, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou os salários de presidentes de empresas brasileiras como Itaú, Bradesco, Vivo e outras 27, determinação do TRF da 2ª Região. São valores altos e naturalmente a divulgação pode atrair bandidos de toda espécie, a começar por sequestradores. Eles, presidentes, e as famílias.

    Baixeza

    O capitalismo não chegou por inteiro ao Brasil. O que temos é um arremedo. O que chegou com toda a força foi a violação da privacidade. No caso dos salários altos, o que se embute é o desejo de nivelar por baixo. Se eu não ganho bem, você também não deve ganhar bem.

    Uber comestível

    uber comestível

    O linguajar do povaréu da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul é bem peculiar, entremeado que é de expressões em espanhol, língua bem mais hermosa no meu entender. Neste caso, o açougueiro tem UBRE de vaca para venda.

    Jornadas do Trabalho

    Ronaldo Nogueira DIVULGACAO (4)

    Em mais uma edição das Jornadas Brasileiras do Trabalho, evento que está percorrendo diversos municípios gaúchos, a cidade de Santa Maria teve um público superior a 150 pessoas, que acompanharam as palestras do ex-ministro do Trabalho e deputado federal Ronaldo Nogueira; desembargador TRT do Mato Grosso do Sul, Amaury Rodrigues; e do ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, Gelson de Azevedo.

    O deputado federal Ronaldo Nogueira (foto) ressaltou a importância dos avanços que a reforma trabalhista trouxe aos trabalhadores brasileiros. Destacando que não era mais possível um país que gera tamanha riqueza, com tantas pessoas sem ter onde morar e até mesmo alimentar a família. “Aquele país que perdia empregos, hoje não perde mais. Vamos apostar no Brasil ele vai crescer mais e mais”, enfatizou.

    O desembargador TRT de Mato Grosso do Sul, Amaury Rodrigues, palestrou a seguir e afirmou que não cabe ao juiz do trabalho discutir se é isso ou aquilo na nova lei. Para ele, o juiz deve interpretá-la e aplicá-la como está definida. “Se o Governo vai mal, o empresário, o trabalhador e o povo vão mal. O pedido agora em juízo mudou. Não é restringir direitos, mas evitar que existam abusos. A modernização da legislação trabalhista fez com que tanto o empregado quanto o empregador tenham responsabilidades”, destacou o desembargador.

    Para o ministro Gelson de Azevedo, a lei trouxe garantias a trabalhadores e lhes deu uma garantia jurídica. “Estamos num país precariamente estruturado, e a lei trouxe uma série de definições, benefícios a coisas que antes eram ignoradas e deu segurança jurídica. Fiz essa palestra porque estou convencido de que a lei veio, mesmo tarde, para modernizar as lei trabalhistas”, concluiu.

    Estiveram presentes ao evento o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria, Rodrigo Décimo; o vice-diretor da Fadisma (Faculdade de Direito de Santa Maria), Giovani Bortoli; o vice-prefeito de Santa Maria, Sergio Cechin; e o presidente da OAB, subseção de Santa Maria, Péricles Lamartine Palma da Costa, entre outros.

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