• Produtor rural também pode protestar

    Publicado por: • 27 nov • Publicado em: Artigos

    O protesto extrajudicial é um modo seguro e com amparo legal de cobrar uma dívida

    A agropecuária foi responsável por puxar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), índice que mede a soma de todas as riquezas produzidas no país. Em 2017, o PIB do país cresceu 1%, sendo que 70% desse valor se deveu ao setor, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O produtor rural tem um importante papel econômico no Brasil e, além disso, precisa se preocupar com vários fatores: os índices de pluviosidade, a correção do solo, pragas, as oscilações do preço de seu produto no mercado, entre outros. Nesse cenário, um valor de uma dívida não paga, pode prejudicar todo o planejamento de uma safra. Em situações como essa, o protesto extrajudicial é uma importante aliada.

    Esse instrumento é uma forma segura e legal de intimar um devedor a quitar débito sem precisar acionar o judiciário. E o percentual de recuperação de crédito do protesto, em um curto espaço de tempo, é elevado. “Os tabelionatos de Minas conseguem recuperar em média 65% dos créditos de títulos privados, em apenas três dias úteis. Essa agilidade é um diferencial, principalmente no caso do pequeno produtor, que, não raro precisa receber para continuar investindo, seja no plantio, seja na alimentação e medicação dos animais, visando a qualidade das safras futuras”, destaca Leandro Gabriel  Moura Teixeira Mota tabelião de Jequitinhonha e representante do Instituto de Protesto-MG, entidade que representa os cartórios do estado.

    Leandro acrescenta que, além disso, o protesto extrajudicial é mais econômico, principalmente quando comparado à justiça comum. “Para protestar não é preciso contratar um advogado, o que pode reduzir bastante os custos envolvidos no processo. Isso, além se ser uma economia, desafoga o judiciário contribuindo para que outras demandas possam ser atendidas com mais rapidez nesse âmbito”, destaca.

    Quando a dívida protestada não é paga, o devedor sofre uma série de limitações, como explica o tabelião: “O devedor fica impedido de realizar financiamentos e empréstimos, encontra ressalvas em sua agência bancária para retirada de talões de cheque e cartões, entre outros.” Além disso, a dívida protestada não prescreve, as restrições desaparecem apenas com a quitação do valor devido.

    Para protestar

    O Instituto de Protesto-MG, disponibiliza a Central de Remessa de Arquivos Eletrônicos (CRA), um sistema que facilita não apenas o envio e acompanhamento de títulos protestados, mas também ajuda o devedor a regularizar sua situação. Já que a ferramenta tem todas as orientações necessárias para a quitação de débitos. O acesso pode ser feito por meio do www.protestomg.com.br. Quem preferir, também pode protestar pessoalmente nos cartórios, é necessário apenas ter um título ou documento que comprove a dívida.

    Entre os documentos que podem ser protestados em cartórios estão: cheques, contratos, aluguéis e encargos condominiais, notas promissórias, duplicatas, confissões de dívida, sentenças judiciais condenatórias ou declaratórias, células de crédito bancário, certidões de dívida ativa e outros.

    Consultas de CPF/CNPJ e pedidos de certidão também podem ser feitos pelo protestomg.com.br. Os cartórios de protesto contam com um banco de dados, que pode ser consultado, gratuitamente, por qualquer pessoa, sem necessidade de cadastro prévio. O site reúne informações sobre protestos no Brasil inteiro.

    Instituto Protesto

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  • O périplo de Mourão

    Publicado por: • 26 nov • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    mourão e karinA visita do vice-presidente eleito Hamilton Mourão para o evento Brasil de Ideias, da Revista VOTO de Karim Miskulin, mostrou que o general não pode ser acusado de ser um milico porra-louca como a esquerda achava que ele era. Nem ele, nem Jair Bolsonaro, aliás. No seu périplo porto-alegrense foi ao Jornal do Almoço, da RBS TV, e tirou de letra todas as perguntas marotas a ele dirigidas.

    Pronta resposta

    Outra coisa: nem ele nem o vice levam alguém de compadre. Em determinado momento, perguntaram se ele era contra o 13º. Mas como, respondeu, eu seria contra se eu também recebo o 13º?

    Lotação esgotada

    O almoço reuniu tanta gente no 22º andar do Hotel Sheraton que só havia um lugar sem gente e sem mesas, a piscina, que é bem pequena, por sinal. O deputado federal gaúcho mais votado, Marcel van Hattem, também falou no encontro. Encerrou com o desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, que discorreu sobre a importância de uma opinião pública forte como a dos Estados Unidos, quando das crises que envolveram presidentes. Foi muito aplaudido.

    Ritmo da fala

    Veredicto: o desembargador é do ramo, mercê até do seu ofício, mas não só por isso. Mas ele é bem acima da média. Tem conhecimento para embasar seus pontos de vista, e tem o ritmo da fala que eu tanto falo. Não adianta despejar opiniões e conhecimento sem tê-lo.

    Questão de timing

    Os que não são do ramo, são iguais a esses caminhões basculantes carregados de areia. Eles estacionam, a caçamba levanta e toda carga é despejada em poucos segundos. Tem que ter timing. Aquela coisa que sempre falo sobre administrar uma ideia.

    Aprendi isso nos anos 1980 com um cientista político. Político que não sabe administrar uma ideia fechada, início, meio e fim, em um minuto e meio, não vai longe.

    Luta feroz

    Luta pelo 13º salário é feroz. Bancos, imobiliárias, fundos imobiliários, construtoras, todos correm atrás do rico dinheirinho que, teoricamente, sobra para algum tipo de aplicação. É de quem chegar primeiro.

    Jornal do Comércio

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  • Momento Culinário 

    Publicado por: • 26 nov • Publicado em: Caso do Dia

    A caverna dos bons pratos

    Situado quase na esquina da Protásio Alves com a rua Eça de Queiroz, a Caverna do Ratão é um bastião da boa comida. É um dos últimos bar-chope que restam em Porto Alegre, ramo que terminou em meados dos anos 1980 – matou-os a falta de estacionamento, em regra.

    Pois é, por isso o Ratão é um espanto: não tem estacionamento, e vive lotado. Vá de Uber. Nem preciso falar do chope, vou narrar – salivando – os três pratos fortes da casa. O primeiro é o sanduíche aberto que nada tem a ver com os que estão por aí. Começa que é de pernil e pernil fatiado na hora, o que evita que ele resseque. Acompanhado de um molho quente e de mostarda caseira. Não tem como fugir do jargão, é dos deuses.  Eu só peço que tirem a cenoura em conserva, que eu realmente não sei o que faz em um sanduba.

    As duas outras estrelas do Ratão são os bolinhos de carne, recheados ou não, e o croquete. Antes que você torça o nariz, aviso que não é croque de restos, a mistura de carne é especialmente feita para ele. Tanto que se pode leva-los crus para fritar em casa. Olha que eu já comi croquete nessa minha vida, mas esse é 10.

    Longa vida ao Ratão, que os deuses da boa comida o protejam das intempéries.

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  • A noite dos saltos dos peixes (final)

    Publicado por: • 26 nov • Publicado em: A Vida como ela foi

    Leia o início clicando em: http://fernandoalbrecht.blog.br/a-noite-dos-saltos-do-peixe-1-de-2/

    Pedi o fotógrafo, a viatura e fomos até o lugar da pescaria. No caminho, achei que era coisa de bêbado, mas nunca se sabe. Quando chegamos a uma quadra da São Pedro vi a água cobrindo o leito, estava a quase meio metro de altura dos prédios. Essa não. Não é que o cara estava falando a verdade?

    Não demorou e apareceu um sujeito na caminhonete com a logomarca do jornal na porta dizendo que foi ele quem tinha ligado. E assim que meus olhos se acostumaram à escuridão, vi peixes bem pequenos e espinhentos saltando adoidado. Pelo que o sujeito falou, era manduim ou mandim, não recordo bem. Em 20 minutos, a água na avenida começou a esvaziar

    A explicação da enchente: uma enorme tubulação que levava água para a Hidráulica São João estourou justamente na São Pedro. Por algum motivo, na boca da captação. Presumivelmente, a tela que impedia a entrada de detritos e peixes abriu parcialmente, e então entrou esse diabo de peixe. A última pergunta que fiz para o popular que ligou para o jornal foi o que ele faria com baldes e mais baldes cheios desse peixinho espinhento e se eviscerado fosse daria apenas algumas gramas de proteína.

    – Sabe que eu não sei?

    Mais uma prova que, sendo de graça, gaúcho leva até injeção na testa. Coisa de louco. Frutos do rio numa avenida longe do rio.

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  • Black Friday gaúcha

    Publicado por: • 25 nov • Publicado em: Caso do Dia, Notas

     americanasA Black Friday se incorporou ao modo gaúcho de comprar. Algumas lojas vão melhor do que outras. Olhem só a fila enorme nas Americanas, cada um esperando sua vez de entrar. As cortinas ficam baixadas e levantam somente para consumidores darem lugar a outros.
    Foto: Fernando Albrecht 

    Convenção de guerreiras

    imama
    A Terceira Convenção anual do Instituto da Mama no RS (Imama-RS) ocorreu 21 de novembro e reuniu 60 mulheres no Auditório do Hotel Master Royal.
    Foto: Sabrina Gabana. 

    Rato de igreja

    Lula, Dilma, Palocci e outros petistas viraram réus por organização criminosa, denúncia aceita pela Justiça Federal do Distrito Federal. Naturalmente que todos dirão que é perseguição política, que não há provas, que eles são uns coitadinhos. Como de hábito. Em matéria de argumentos a esquerda é mais pobre que rato de igreja.

    Jornal do Comércio

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