O teu cabelo não nega

28 maio • NotasNenhum comentário em O teu cabelo não nega

Em algumas esquinas do Centro de Porto Alegre observa-se a gurizada medonha gritando compro ouro, e no cartaz carregam no pescoço está escrito  que também compram cabelo. O ouro depende da cotação diária e da demanda paroquial. Aliás, considerado refúgio em épocas de incerteza, o metal zerou os ganhos acumulados durante a pandemia. Supostamente, as perspectivas deixaram de ser horríveis.

Cabelo é dinheiro

Já os cabelos é outro papo. Depende da qualidade comprimento. Tem que ter 40cm ou mais, não pode ter sido danificado por produtos químicos e, importante, tem que ser loiro. A demanda por cabelos pretos é baixa.

Se os cabelos  da madame preencheram esses requisitos, pode ganhar R$ 1 mil ou até mais. Cortam no local.

Como o Bombril…

…cuja propaganda garantia que tinha 1001 utilidades, cabelos e pelos humanos são excelentes para conter vazamentos de petróleo no mar. Quando houve o desastre do Golfo do México, os americanos doaram milhares de quilos para os serviços de descontaminação. Não precisa comprimento mínimo. Coisas da vida. O cabelo que os cabeleireiros cortam ajuda a despoluir oceanos. Uma riqueza ecológica.

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Perdas e ganhos

Dos 150,5 milhões de eleitores brasileiros em abril em relação a abril de 2020, um total de 16, 4 milhões está filiado a um dos 33 partidos políticos em funcionamento no Brasil em abril de 2021, mostra o site do TSE. O que representa uma queda de quase 2 milhões desde a eleição de 2020. Em média, quem mais cresceu foi o PSOL e quem mais perdeu foi o PSL, que já pode ser considerado nanico, de tanto que emagreceu.

E se engana quem pensa que o PT está morto. Também cresceu no número de filiados. Quanto ao número de eleitores, vai depender de quem for o candidato em 2022. É um partido móvel, que depende de nomes.

Um filme de terror

Da aprovação da reforma administrativa pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara até os finalmentes da sanção presidencial vai um caminho que se assemelha a uma cirurgia plástica com todos os parentes dando palpite ao cirurgião. Bota mais enchimento aqui, tira lá, diminui essa parte, aumenta outra, o nariz está muito grande, estica mais, bota mais peito até o resultado final. Resultado final: um Frankenstein com seios.

Sobre jejuns e devotos

Então Sua Santidade falou que o Brasil não tem jeito e que muita cachaça e pouca oração nossos males são. Primeiro engano: o brasileiro é um dos povos que mais reza no mundo. No Brasil, até ateu reza. Quanto a não ter jeito, macaco, olha teu rabo. Estamos bem acompanhados com a Argentina do papa Francisco. Certo, hermano?

Quanto à cachaça, não é coisa só nossa. Russos e outros países do Leste europeu bebem vodca de 95 GL. Abaixo disso dão para as crianças.

Em resumo, meu bom papa Francisco, para com essas cachaça!

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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