O sistema cartorial
Só passar no vestibular das urnas não garante que candidatos a deputado estadual e federal se sentem no trono dos felizardos. Tem que passar pelo voto de legenda ou ficar de fora pelo mesmo motivo.
Citando o exemplo de Porto Alegre, na Câmara de Vereadores, que será renovada em 2024. A capital gaúcha tem 1,4 milhão de habitantes e temos vereadores eleitos que fizeram apenas mil ou mil e poucos votos. Que democracia representativa é essa?
Esse sistema como tal é ultrapassado. Depois de anos de reflexão, na minha opinião, o voto distrital misto é o menos ruim. Xis candidatos por região e outro xis de candidaturas que não sejam do primeiro xis.
Quem primeiro pensou em adotar esse sistema foi o presidente Ernesto Geisel. Como era general, torceram o nariz. É de milico, não prestava.
É claro que o atual sistema serve para caciques eternos de partidos eternos que recusam eternamente qualquer sistema que não contemple as capitanias hereditárias políticas. Mateus, primeiro os meus, diz o ditado. É mais ou menos como acreditar que raposa queira melhorar a segurança do galinheiro.