23 dez • Notas • Nenhum comentário em O saco do Papai Noel
Imagem: CanvaPro
Todos os Natais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros. O povaréu foi às ruas, mas com menos dinheiro no bolso. Ruas e lojas grávidas de gente, mas com intenção de gastar pouco. Pelo menos está sendo melhor do que o de 2020. Ano passado, ensaiávamos o tudo aberto com boa parte aberto.
No Natal de 2020, havia esperança que, em breve, as vacinas terminariam com a farra dos vírus. Mortes em queda, novos casos diminuindo, medo saindo e esperança entrando. Porém, o estrago na economia foi grande. Entre mortos e feridos das pessoas jurídicas, um massacre sem tamanho.
Neste ano, o Natal tem mais luzes do que o de 2021, mas incomoda essa nova cepa, a ômicron. A grana piorou, devorada pela inflação. Dizem os técnicos que, em 2022, ela cai pela metade. Ok, mas os assalariados sem poder de barganha – jornalistas, por exemplo – seguem penando.
Há os que falam ho-ho-ho para esquecer. Curtem e distribuem imagens natalinas, programam festas em que, inevitavelmente, haverá aglomeração. Dois copos de cerveja depois, tiram a máscara. Mas dá para entender. Este 2021 é o ano do saco cheio. Menos o do Papai Noel.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
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