O porvir
Se o presidente Jair Bolsonaro for impichado ou sair por qualquer motivo, qual será o próximo samba de uma nota só da chamada grande imprensa? Dei tratos à bola e não consegui chegar à resposta. Nos meus pesadelos, imagino que os jornalões e a TV não fariam novos fuzilamentos, simplesmente diminuiriam o número de páginas e colunas hoje a ele destinados para economizar papel e tinta.
O primeirão
Outra pergunta é qual dos grandes será o primeiro a abandonar em definitivo a versão impressa. Não descarto que eles se reúnam e combinem de fechar os impressos juntos, para evitar que um fique para atrair quem prefere folhear o bom e velho papel.
A ditadura da tela
Ouvi dizer que um poderoso rotativo local destas bandas marcou o dia D para 2022. Ou melhor, o ano D. Olha, eu já matutei muito sobre o assunto. O impresso tem mil e uma utilidades além do seu fim precípuo. Verdade que alguns só servem para embrulhar peixe ou banana, mas resisto à ideia da ditadura da tela, embora reconhecendo que o jornal físico tem limitação de espaço, e não só pelo custo.
Mas nem o virtual pode abusar dele. É informação demais e qualidade de menos.
Atualmente, um dia da semana tem muito mais informações do que o mês de alguém que viveu no século passado. A observação é da especialista em marketing Helen Abu, do Grupo Descartes Systems. É e mesmo. Talvez Helen tenha sido modesta no “um dia da semana”, talvez a medida tenha que ser por hora. Como digerir esse entulho informativo é que são elas, mesmo tirando as inutilidades.
A certeza
É que vivemos no tempo do panem et circenses, pão e circo da Roma antiga. Hordas que se alimentam de sangue e saracoteios de mulheres peladas, homens musculosos e outros andróginos ao som de algo que eles chamam de música.
Loucuras vestidas
Tenho que tirar o chapéus para os marqueteiros. Conseguem transformar em dinheiro até unha cortada de celebridades do showbizz. Em contrapartida, não sei de onde os costureiros das atrizes e cantoras que desfilam no tapete vermelho tiram aqueles horríveis e espantosos vestidos. E como alguém se dispõem a usá-los sem ter um choque anafilático?
Tem que ser artista para transformar seis ou sete metros de tecido em comorbidade.