O porvir

25 jun • NotasNenhum comentário em O porvir

Se o presidente Jair Bolsonaro for impichado ou sair por qualquer motivo, qual será o próximo samba de uma nota só da chamada grande imprensa? Dei tratos à bola e não consegui chegar à resposta. Nos meus pesadelos, imagino  que os jornalões e a TV não fariam novos fuzilamentos, simplesmente diminuiriam o número de páginas e colunas hoje a ele destinados para economizar papel e tinta.

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O primeirão

Outra pergunta é qual dos grandes será o primeiro a abandonar em definitivo a versão impressa. Não descarto que eles se reúnam e combinem de fechar os impressos juntos, para evitar que um fique para atrair quem prefere folhear o bom e velho papel.

A ditadura da tela

Ouvi dizer que um poderoso rotativo local destas bandas marcou o dia D para 2022. Ou melhor, o ano D. Olha, eu já matutei muito sobre o assunto. O impresso tem mil e uma utilidades além do seu fim precípuo. Verdade que alguns só servem para embrulhar peixe ou banana, mas resisto à ideia da ditadura da tela, embora reconhecendo que o jornal físico tem limitação de espaço, e não só pelo custo.

Mas nem o virtual pode abusar dele. É informação demais e qualidade de menos.

Atualmente, um dia da semana tem muito mais informações do que o mês de alguém que viveu no século passado. A observação é da especialista em  marketing Helen Abu, do Grupo Descartes Systems. É e mesmo. Talvez Helen tenha sido modesta no “um dia da semana”, talvez a medida tenha que ser por hora. Como digerir esse entulho informativo é que são elas, mesmo tirando as inutilidades.

A certeza

É que vivemos no tempo do panem et circenses, pão e circo da Roma antiga. Hordas que se alimentam de sangue e saracoteios de mulheres peladas, homens musculosos e outros andróginos ao som de algo que eles chamam de música.

Loucuras vestidas

Tenho que tirar o chapéus para os marqueteiros. Conseguem transformar em dinheiro até unha cortada de celebridades do showbizz. Em contrapartida, não sei de onde os costureiros das atrizes e cantoras que desfilam no tapete vermelho tiram aqueles horríveis e espantosos vestidos. E como alguém se dispõem a usá-los sem ter um choque anafilático?

Tem que ser artista para transformar seis ou sete metros de tecido em comorbidade.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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