O negócio morte

4 jun • NotasNenhum comentário em O negócio morte

 Aos poucos, a pandemia vai revelando aspectos muito animadores em relação ao vírus. A conceituada revista Nature divulgou estudo concluindo que os que tiveram a doença de forma leve ou moderada, geraram anticorpos para toda a vida.
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Ressalvando sempre a gravidade da doença, fica-se  com a incômoda sensação que, em muitos aspectos, houve realce excessivo com toques de fim dos tempos em detrimento do contexto, realce cujo subproduto é dinheiro. O  medo da morte é um dos negócios mais lucrativos do mundo.

O mistério imobiliário

Fizeram um cálculo que nunca vi na minha vida. Os imóveis residenciais tiveram alta generalizada em Porto Alegre, maior ou menor, dependendo do bairro. Só que não. Todos ficaram abaixo da inflação de 12 meses pelo IPCA, que foi de 7,90%. Essa ressalva vem depois.

A imprensa tem esse mau hábito de não descontar ou não colocar em paralelo a taxa inflacionária. É como quando alguém ganha uma bolada nas loterias da Caixa. Escrevem que só na poupança dá xis por mês. É nossa velha conhecida ilusão monetária, que vem desde os anos de inflação alta dos anos 1970 e 1980.

Por um mecanismo de autoilusão, o aplicador se recusa a enxergar a perda, só vê os juros que recebe. Quando saiu o Plano Real de 1992, que liquidou a hiperinflação, os poupadores ficavam desgostosos em ver que o rendimento anual era “só” de 3% ou pouco acima.

Conheci muita gente boa, inclusive jornalistas competentes, que diziam preferir os tempos de inflação acima de 10% ou 20% mensais, para ver o ganho ilusório de algo próximo, mas sempre abaixo do porcentual do dragão.

A reforma que não passou

A derrota do proposta da reforma feita pelo prefeito Sebastião Melo na colenda, mostra – uma vez mais – como interesses corporativos e ideológicos se sobrepõem ao bem comum. Nada de novo, no fim das contas nessa não mui leal Porto Alegre.  Mesmo que as contas naufraguem. Nenhum compromisso com a lógica.

Mais um imposto

Tramita no C0ongresso mais um projeto tiro no pé, o imposto sobre grandes fortunas de 5%,  entendido como acima de R$ 4,9 milhões incluindo patrimônio. É confundir imóvel com renda, primeiro erro. É um convite para a evasão fiscal, segundo erro. Terceiro, mas não  menos importante, mais um imposto no Everest da carga tributária.

O esquecido

“Inventor da reportagem no Brasil, imortal da Academia Brasileira de Letras, flâneur, dândi, gordo, homossexual e afrodescendente, revolucionou a imprensa no início do Século XX. No próximo dia 23 de junho comemora-se o centenário da morte dele. Mas dele, salvo exceções, não se fala nas universidades ou cursos de Jornalismo.”

(texto de Eduardo Ribeiro, do site Jornalistas&Cia)

Ordem do Mérito

O presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, foi condecorado com a Ordem do Mérito do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O dirigente recebeu o título Grau Grã-Cruz das mãos do procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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